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Empregado será indenizado após exposição em ‘ranking da vergonha’ em MG

Segundo o TRT, o empregador deverá pagar R$ 8 mil por cobrança abusiva de metas e tratamento humilhante no ambiente de trabalho em Muriaé

Uma empresa de telecomunicações terá de pagar R$ 8 mil de indenização a um ex-empregado por cobrança abusiva de metas e tratamento humilhante no ambiente de trabalho, em Muriaé, na Zona da Mata.

A decisão foi tomada pela Nona Turma do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Minas Gerais, que manteve a sentença da Vara do Trabalho do município.

Segundo o TRT, o trabalhador relatou que a empresa criou um grupo no WhatsApp para cobranças frequentes, feitas de forma inconveniente e desrespeitosa. Entre as práticas, havia o chamado “Ranking da Vergonha”, no qual o coordenador expunha os vendedores com pior desempenho, cobrando metas que eram alteradas constantemente.

Testemunhas relataram constrangimentos públicos, como exposição em redes sociais, piadas e apelidos, entre eles “cabritos”.

Ao analisar as provas, foi constatado pelo relator, o juiz Alexandre Wagner de Morais Albuquerque, que a versão do trabalhador é verdadeira. “Prints” de conversas no grupo da empresa confirmaram que o gestor publicava ranking de produtividade e cobrava resultados de empregados com desempenho abaixo do esperado.

Para o relator, essa situação já seria capaz de criar competitividade entre os vendedores, expondo aqueles que não atingiram as metas ao ridículo diante dos colegas.

Além disso, uma fotografia da equipe reunida em um café da manhã, publicada nas redes sociais e repostada pelo coordenador com a legenda “Meus cabritos!”, também foi usada como prova.

Diante dos fatos, foi definido que o valor de R$ 8 mil de indenização seria adequado para reparar a dor moral e para atender ao caráter punitivo-pedagógico da condenação.

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Joubertt Telles é graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, em 2010, e possui curso de Processo de Comunicação e Comunicação Institucional pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalha na Itatiaia Juiz de Fora desde 2016, como repórter e apresentação. Prêmio Sindicomércio de Jornalismo 2017, na categoria rádio. Prêmios do Instituto Cultura do Samba como destaque do jornalismo local, em 2016 e 2017. Já atuou na Rádio Globo Juiz de Fora, TVE e Diário Regional, além de ter desempenhado função de assessor parlamentar na Câmara Municipal de Juiz de Fora.
Mayara Fernandes é natural de Juiz de Fora, graduanda em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Gosta de ver filmes e ler livros. Estágiaria Web e Design Gráfico em Juiz de Fora desde abril de 2024.