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Transformers: lideranças da organização criminosa são condenadas, diz MPMG

Operação foi deflagrada em 2022 para identificar e prender grupo que atuava na Zona da Mata

Imagem ilustrativa - Gaeco

Seis pessoas acusadas de integrarem o núcleo de liderança e controle financeiro da organização criminosa investigada na operação “Transformers” foram condenadas pela prática dos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A informação é do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A decisão foi da 1ª Vara Criminal da Comarca de Juiz de Fora. Cabe recurso.

Conforme MPMG, um dos homens apontados como líder da organização foi condenado a mais de 118 anos de reclusão e outro a 83 anos. Os outros quatro réus da ação penal foram condenados a penas que variam de 10 a 29 anos de reclusão. Todos foram condenados também ao pagamento de multa.

A condenação é por conta de Ação Penal movida pelo MPMG contra os integrantes do núcleo de liderança e controle financeiro da organização criminosa, entre 2018 e 2022, que atuou em Juiz de Fora e região.

Além desta ação, que trata do núcleo de liderança e controle financeiro, também já foram julgadas e condenadas 14 pessoas dos núcleos logística e fornecimento de veículos e operacional. Uma outra ação trata do núcleo corrupção policial e jurídico.

Operação Transformers

A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Juiz de Fora, em outubro de 2022.

Segundo o MPMG, as investigações duraram cerca de dois anos e demonstram que os investigados pertencem a uma extensa e complexa organização criminosa com atuação concentrada na Zona da Mata, especialmente em Juiz de Fora. O grupo seria responsável, principalmente, por fornecimento e abastecimento de drogas para traficantes regionais.

Conforme o Ministério Público, a organização criminosa possuía significativa importância na produção e distribuição de entorpecentes na região, tendo movimentado aproximadamente R$ 257 milhões provenientes do tráfico de drogas. A organização criminosa atuava com apoio e participação direta de policiais civis que, em contrapartida, recebiam altos valores de propina.

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Márcio Santos é jornalista e locutor. Como repórter, participou de várias jornadas esportivas pela Itatiaia e também tem passagens pelas rádios CBN, Globo, Solar e jornal Tribuna de Minas.