Parte de programas anunciados recentemente pela Prefeitura de Juiz de Fora, que são alvo de pedido de empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) tem a possibilidade de virem para o município por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal.
O anúncio foi feito nesta sexta (7) pela Prefeita Margarida Salomão (PT) durante uma coletiva de imprensa para detalhar, mais uma vez, os programas a serem financiados. Como a Itatiaia já informou, a
Além desta possibilidade, a Prefeita detalhou que o município tem até dia 28 de março para apresentar projeto para recebimento de recursos para o PAC 2025 e que obras como a ciclovia, construção da adutora e estação de tratamento de água serão apresentados para recebimento desses recursos, entre outras que ainda serão anunciadas.
“Claro que uma alternativa com a qual a gente sempre conta é o PAC que resolveu todas essas grandes obras em infraestrutura, que já estamos realizando, e para o qual nós pensávamos originalmente obter o financiamento da Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) e, como o PAC chegou, isso foi desnecessário. Estamos fazendo grandes obras sem boleto. Mas há muito mais a realizar, tanto do ponto de vista do provimento de água potável, como do ponto de vista do tratamento do lixo, como do ponto de vista da renovação do Centro Histórico, como do ponto de vista da calha do Rio Paraibuna que está muito sofrida nas duas margens e onde a gente pretende instalar uma ciclovia vindo da Ponte Preta até o Furtado de Menezes, resolvendo um problema importante de mobilidade da cidade.”
De outro lado, Margarida Salomão destacou a importância dos recursos do BNDES e garante que Juiz de Fora tem condições de arcar com essa dívida.
“Nós vamos resolver problemas que se arrastam há décadas e que necessitam de uma intervenção estratégica e de grande envergadura. Para isso, recursos como os de emendas parlamentares são insatisfatórios e insuficientes. Esse encaminhamento que nós estamos fazendo que tem um suporte técnico mostra que o município de Juiz de Fora por ser muito pouco endividado e por ser um município com muitas possibilidades de arrecadação, tem plenas condições de arcar com o investimento que nós estamos pleiteando nesse momento”.
Na coletiva, a Prefeita também detalhou quais foram os critérios para a escolha desses projetos.
“Nós temos trabalhado com planejamento de grande porte, no qual é fundamental um elemento que é a participação popular. O fato de nós estarmos sempre em contato com a sociedade, com as pessoas que moram nos bairros, o empresariado, os grupos que se mobilizam e demandam investimentos e o conhecimento que nós temos acumulado daquilo que é necessário. Afinal de contas, a gente é que enfrenta os problemas quando as chuvas caem forte. A gente acabou fazendo a escolha desses investimentos como sendo fundamentais”
O primeiro passo para a obtenção do financiamento é a autorização legislativa pela Câmara Municipal. A prefeita detalha como está o diálogo com os vereadores.
“Nós já fizemos uma apresentação desses projetos para a Câmara. O primeiro movimento foi de uma recepção muito positiva. A Câmara tem a sua dinâmica, nós respeitamos o tempo da política. Mas, evidentemente, torcemos para que, no menor prazo possível, a gente consiga tirar todas as dúvidas e obter autorização legislativa para fazer esse grande investimento para Juiz de Fora”
O empréstimo no valor de R$ 660 milhões junto ao BNDES engloba os seguintes financiamentos:
- Revitalização e urbanização do Centro Histórico de Juiz de Fora - R$ 220 milhões
- Ciclovia e requalificação das margens do Rio Paraibuna - R$ 150 milhões
- Construção da Quinta Adutora - R$ 160 milhões
- Estação de Tratamento de Água de Chapéu D’Uvas - R$ 40 milhões
- Usinagem de resíduos sólidos - R$ 50 milhões
- Governança Digital e Inteligente - R$ 60 milhões