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Instagram é processado por supostos danos aos usuários

Rede social é acusada de desencadear depressão, distúrbios alimentares e tentativas de suicídio

Famílias vão à Justiça americana contra a rede social

Duas famílias de Kentucky, nos EUA, buscaram a Justiça para acusar o Instagram de supostos efeitos prejudiciais. Segundo eles, a plataforma prioriza o engajamento em vez de cuidar da segurança do usuário: isso inclui a exposição a vícios, comparações sociais e produtos nocivos para a saúde.

Quem representa as famílias é o Social Media Victims Law Center. A entidade acusa a rede social de desencadear depressão, distúrbios alimentares e tentativas de suicídio. “Apesar do conhecimento das características perigosas e prejudiciais do produto, a Meta prioriza o lucro sobre a vida humana”, diz o processo.

Segundo a agência de notícias Reuters, a Meta enfrenta pelo menos nove outros processos que a acusam de prejudicar a saúde mental de adolescentes nos EUA. Ainda não há decisão da Justiça americana sobre eles.

Quando Frances Haugen, ex-gerente de produto do Facebook, divulgou documentos internos que mensuravam resultados de pesquisas, Pratiti Raychoudhury, vice-presidente e head de pesquisa da plataforma, apontou os benefícios do uso do Instagram. “Muitos adolescentes sentem que usar o Instagram os ajuda em momentos difíceis.”

O objetivo dessa avaliação interna foi determinar como combater os pontos negativos e maximizar os positivos. Segundo o comunicado, a companhia fala abertamente sobre os pontos negativos e benefícios da mídia social há mais de uma década.

Instagram se defende

Em 2021, Adam Mosseri, CEO do Instagram, disse ao Congresso dos EUA que está comprometido em manter os usuários seguros. Por isso, a companhia criou recursos para adolescentes e responsáveis, como controles parentais mais rígidos.

Além disso, passou a obrigar todos os usuários a declararem a idade e bloquear menores de 13 anos. Para quem tem menos de 18 anos, alertas para dar um tempo da plataforma e monitoramento do tempo de uso pelos pais são ativados automaticamente.

Outra plataforma que passou por acusações semelhantes é o TikTok. Agora, um grupo de procuradores-gerais dos EUA vai investigar os supostos impactos negativos em crianças e se a rede social viola leis de proteção ao consumidor.