Em 26 partidas, o comandante reconstruiu um time que, antes de sua chegada, não sabia o que era vencer na competição nacional. Com 10 vitórias, quatro empates e 12 derrotas (43,5% de aproveitamento) sob a batuta de Carpini, o Leão saiu da vice-lanterna do Brasileirão e ganhou fôlego na briga contra o rebaixamento.
Hoje, o time rubro-negro ocupa a 14ª posição do Brasileirão, com 35 pontos. Segundo dados do departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
A evolução é mais notória no segundo turno do certame, quando o Leão conquistou 20 dos 36 pontos possíveis.
A Itatiaia conversou de forma exclusiva com o treinador, que elencou os fatores que foram essenciais para essa mudança de rumo.
O que mudou?
Antes da chegada de Carpini, o Vitória tinha conquistado apenas um ponto em cinco rodadas no Brasileirão. À época sob o comando de Léo Condé, campeão da Série B de 2023 e do Campeonato Baiano de 2024, a equipe acumulava quatro derrotas e um empate e ocupava a vice-lanterna da tabela de classificação.
O processo de recuperação não foi imediato. O novo comandante foi eliminado da terceira fase da Copa do Brasil logo em sua estreia, após derrota para o Botafogo dentro do Barradão. Depois, já pela Série A, precisou de quatro partidas para conquistar sua primeira vitória, contra o Internacional.
“Quando eu cheguei, encontrei um grupo sem confiança, até pelo começo ruim. Então foi um processo de apresentar a minha filosofia e fazer o grupo acreditar nela. De que era possível competir no Brasileiro. Gradativamente as coisas foram acontecendo”, destacou Carpini.
Jogadores ‘dispensados’
O treinador não hesitou em estabelecer regras dentro do elenco do Vitória.
Por motivos diversos, também deixaram o clube o lateral-direito Zeca, o zagueiro Reynaldo, o meia Daniel Júnior, e os atacantes Iury Castilho, Culebra, Mateus Gonçalves e Léo Gamalho.
Reforços que resolvem
Ao mesmo tempo, o treinador teve influência direta na contratação dos reforços que chegaram ao Leão na última janela de transferências.
“Fizemos alguns ajustes no grupo, vieram jogadores que estão ajudando bastante. Recuperada a confiança e com a filosofia estabelecida, a confiança aflorou. Acredito que o momento é um conjunto de fatores de pessoas que trabalham muito todos os dias e que buscam sempre o melhor para o Vitória. Ainda temos desafios importantes nesta reta final, mas [estou] muito confiante que vamos conseguir nosso objetivo da permanência na Série A”, projeta Carpini.
Efetividade nos confrontos diretos
Sob o comando de Carpini, o Vitória também tornou-se efetivo nos confrontos diretos do Brasileirão. Dentro do returno, o Leão venceu todos os concorrentes na luta contra a zona de rebaixamento (Cuiabá, Atlético-GO, Juventude, RB Bragantino e Fluminense). De quebra, venceu o Palmeiras no Allianz Parque e empatou com o Atlético na Arena MRV.
“Nos confrontos diretos estamos com bom aproveitamento. Até mesmo quando enfrentamos times da parte de cima da tabela. A gente compete sempre. Não vamos negociar isso. Perder ou ganhar faz parte do jogo. Mas esse elenco mostrou seu caráter e seu compromisso”, finaliza o treinador.
Sequência final
Até o fim do Brasileirão, o Vitória terá sete adversários pela frente: Athletico-PR (fora de casa), Corinthians (em casa), Criciúma (fora), Botafogo (fora), Fortaleza (em casa), Grêmio (em casa) e Flamengo (fora).
O próximo desafio, diante do Furacão, será no sábado (2), às 18h30 (de Brasília), na Ligga Arena, em Curitiba (PR). O confronto direto é válido pela 32ª rodada da Série A.