O técnico Lucas Piccinato, do Corinthians, valorizou o
Este foi o segundo título brasileiro de Piccinato à frente do Corinthians, clube que ele assumiu após a saída de Arthur Elias. Na temporada passada, a equipe havia conquistado o torneio nacional diante do rival São Paulo. Em coletiva de imprensa, o treinador destacou a diferença entre os dois triunfos.
“Sensação indescritível, né. Ano passado foi especial por ser o primeiro. Mas tudo que passamos nessa temporada, o que ouvimos… Pela nossa superação nesses momentos… Não começamos o ano bem, e finalizar com um título é mágico e especial. Mérito do nosso grupo de atletas, que se reinventa para seguir conquistando. Esse grupo é muito forte”, disse.
Piccinato também reservou parte da entrevista para falar sobre o Cruzeiro. O técnico reconheceu a rivalidade crescente entre os clubes no futebol feminino e elogiou o trabalho que vem sendo feito pelo time mineiro.
“Enfrentamos muitas vezes o Cruzeiro nesses anos. Naturalmente cria-se uma rivalidade com um adversário que incomodou na Supercopa do ano passado, que gerou a pior derrota da nossa história, que fez semifinal da Supercopa… A gente tem se encontrado muitas vezes. Isso gera uma rivalidade natural. Fico feliz pelo projeto de BH, de acolher o futebol feminino, pela gente ter vencido todos os confrontos em mata-mata contra elas. Vamos continuar encontrando elas, e o trabalho que o Cruzeiro faz mostra para o Brasil que é possível competir em alto nível”, complementou.
Ao todo, pelo Corinthians, Piccinato soma dois títulos brasileiros (2024 e 2025), uma Supercopa do Brasil (2024) e uma Copa Libertadores (2024).
Corinthians 1 x 0 Cruzeiro
O Corinthians é heptacampeão da Série A1 do Campeonato Brasileiro Feminino. Na grande final, neste domingo (14), na Neo Química Arena, as Brabas bateram o Cruzeiro por 1 a 0, com gol marcado pela zagueira Thaís Ferreira, já no segundo tempo. O jogo de ida terminou 2 a 2, e o placar agregado, portanto, 3 a 2 para o Alvinegro.
Esse é o sexto título consecutivo da equipe paulista na competição. As Cabulosas, por sua vez, lutaram muito e conquistaram o vice-campeonato inédito. Finalista, o time de Jonas Urias também conquistou uma vaga para disputar a Copa Libertadores pela primeira vez em 2026.
Durante o primeiro tempo o que se viu foi um Corinthians com muito ímpeto inicial e que criou chances com Gabi Zanotti e Jhonson. Na oportunidade mais clara, Zanoti cabeceou à direita do gol de Camila Rodrigues.
Aos poucos e de acordo com a proposta do técnico Jonas Urias, o Cruzeiro equilibrou as ações. As Cabulosas também tiveram uma chance com Byanca Brasil, em cobrança de falta, e acertaram a trave com Gaby Soares, naquele que foi o melhor momento da equipe celeste durante a primeira etapa.
Apesar de movimentado e com chances de gols para ambos os lados, o primeiro tempo terminou mesmo com o placar inalterado.
No intervalo, Lucas Piccinato promoveu a entrada da meio-campista Vic Albuquerque na vaga da volante Dayana Rodriguez. A mudança surtiu efeito quase imediato: mais ofensivo, o Corinthians povoou a área e chegou ao gol com Thaís Ferreira, no rebote de chute de Duda Sampaio.
Como reposta, Jonas Urias, do Cruzeiro, lançou mão de suas atacantes do banco de reservas: Letícia e Vanessinha. Nesse cenário, o time celeste perdeu uma chance claríssima, já sem goleira.
No fim, já com mais superação que inspiração, o Cruzeiro seguiu em busca do gol, mas esbarrou na ineficiência de suas atacantes e no bem postado esquema defensivo corinthiano. Placar selado em 1 a 0 para o Corinthians, e título selado para a equipe paulista.