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A investigação do MP abrange as seguintes gestões: Andrés Sanchez (2018–2020), Duilio Monteiro Alves (2020–2023) e Augusto Melo (2024–2025).
De acordo com nota oficial divulgada pelo Corinthians, foram enviados relatórios de despesas e informações relativas ao uso dos cartões de crédito no período.
“Salientamos que o clube estará à disposição da Justiça para quaisquer averiguações que se façam necessárias”, diz o comunicado.
Na semana anterior, no dia 9 de setembro (terça-feira), a diretoria já havia encaminhado parte da documentação para a Vara Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores. A partir daí, o promotor responsável pelo caso, Cássio Roberto Conserino, teve acesso ao material.
Apuração da Itatiaia indica que, naquela ocasião, o clube entregou apenas faturas de cartões de crédito, sem os relatórios financeiros considerados fundamentais para o avanço das investigações.
O Corinthians tem adotado cautela no repasse de documentos devido a sucessivos vazamentos de informações, alegando preocupação com a preservação da imagem institucional. Em julho, inclusive, a diretoria registrou boletim de ocorrência relatando o desaparecimento de faturas e outros papéis sigilosos.
Entenda o caso
Os órgãos fiscalizadores do Corinthians e o Ministério Público investigam supostos gastos irregulares nas gestões de Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, entre 2018 e 2025.
Em julho deste ano, após vazamento nas redes sociais, Andrés admitiu que usou o cartão corporativo do clube para gastos pessoais e, posteriormente, realizou o reembolso. As compras foram feitas no final de seu último mandato, em 2020.
Em relação a Duilio, o portal ge.globo noticiou, também em julho, que o Corinthians bancou gastos pessoais durante sua gestão. A matéria também relata a suspeita de emissão de notas fiscais frias e gastos em empresa de fachada.
Augusto Melo também é investigado, mesmo sem qualquer informação pública em relação a gastos irregulares com dinheiro do clube durante seu mandato. O ex-presidente foi afastado em agosto, via Assembleia Geral, por conta da investigação do “caso VaideBet”.
O MP solicitou o afastamento temporário dos citados do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação do Corinthians.
Na última segunda-feira (8), o Timão iniciou o envio de documentos solicitados pelo órgão público, como faturas de cartões. O MP ainda espera, porém, o envio de demonstrações financeiras.
A diretoria do Corinthians se coloca à disposição, mas adota cautela para preservar a imagem do clube e evitar novos vazamentos de informações.