Em entrevista ao podcast Podpah na noite desta quinta-feira (18), o apresentador Tiago Leifert relembrou um episódio polêmico ocorrido em 2011, quando uma brincadeira de 1º de abril envolvendo o Corinthians causou grande repercussão — e até um pedido de demissão feito por Andrés Sanchez, então presidente do clube, à TV Globo.
Na ocasião, Leifert comandava o programa Globoesporte em São Paulo e decidiu fazer uma edição especial em tom de sátira para o Dia da Mentira. A ideia era brincar com a ausência de títulos da
“Primeiro de Abril, historicamente, todo mundo faz a mesma coisa. Notícias de mentira, acho chato. Falei para a minha equipe: ‘Vamos fazer um programa que a gente jamais faria, com notícias verdadeiras, mas que a gente jamais daria ou daria desse jeito’”, explicou Leifert.
A produção foi além do tradicional. O time do programa gravou com um outro “Corinthians”, entrevistando jogadores homônimos do clube paulista, e preparou um encerramento surpreendente.
“Pedi para pegar o Galvão gritando que o
Apesar dos alertas da equipe, Leifert levou a ideia adiante. “Ele me falou: ‘Você não vai fazer isso, você não pode’, eu falei: ‘Eu vou fazer’. Não contei para ninguém e no ar eu falei: ‘Hoje é primeiro de abril, aniversário do primeiro título da Libertadores do Corinthians’. Segurei para não rir. E a trilha do Galvão com edição”, relembrou.
Pedido de demissão de ex-presidente do Corinthians
A reação não demorou. Após o programa ir ao ar, Leifert recebeu uma ligação inesperada:
“Terminou o programa e meu telefone tocou com um número desconhecido. Atendi e era o Andrés Sanchez, que havia pegado meu telefone com o Ronaldo. Ele falou: ‘Você sabe por que eles chamam de bando de loucos, né? Eu liguei na Globo e pedi para mandar você embora’”, contou Leifert.
Mesmo explicando que se tratava de uma brincadeira inofensiva, o dirigente se exaltou. “Ele deu três ou quatro gritos e eu falei: ‘Fica calmo, está tudo bem, eu amo vocês, amo o Corinthians, tratamos vocês super bem no ar, vocês têm a melhor audiência na Globo’. Daí ele desligou e Ronaldo foi quem o acalmou mais”, concluiu.