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Filipe Luís defende escolhas contra o Atlético e Wallace Yan como batedor

Treinador explica escalação titular e elogia personalidade do jovem atacante, que perdeu uma das cobranças de pênaltis na Arena MRV, em Belo Horizonte, na Copa do Brasil

Filipe Luís, técnico do Flamengo, durante entrevista coletiva

Após a derrota nos pênaltis para o Atlético, nesta quarta (6), e a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil, Filipe Luís, técnico do Flamengo, explicou as escolhas na equipe titular e defendeu Wallace Yan, atacante que acabou perdendo a última cobrança na disputa na Arena MRV, em Belo Horizonte.

“A decisão pela equipe titular passa, primeiro, por alguns jogadores que não viajaram. Bruno Henrique e Luiz Araújo não tinham condições de jogo. Alguns não poderiam começar, pois vieram de férias. Lino, Royal, Saúl. Arrascaeta sentiu um desconforto no último jogo. Com as peças que tenho, montei um time suficiente para vencer o jogo e fazer um grande jogo”, iniciou Filipe Luís.

As novidades no time titular ficaram por conta de Ayrton Lucas, Wallace Yan e Everton Cebolinha. Na etapa final, Filipe Luís acionou Samuel Lino, Saúl Ñíguez e Arrascaeta.

“E foi assim. Cebolinha, muito feliz por ele. Se esforça muito, tem muito talento e futebol a dar. Fez um grande jogo, e aqui, no sintético, não é fácil para ele. Um campo sintético na Série A, uma pena isso acontecer. Foi um primeiro tempo muito bom, poderíamos ter feito mais, mas não é fácil. O Atlético é uma grande equipe. Parabenizo pela classificação, o Cuca pelos três jogos em alto nível que disputamos nessa semana. Agora é pensar daqui para frente”, avaliou o treinador.

No Maracanã, o Atlético venceu por 1 a 0. Nesta quarta (6), o Flamengo devolveu o placar no tempo regulamentar na Arena MRV, com gol de Everton Cebolinha.

Na disputa de pênaltis, Arrascaeta, Jorginho e Saúl marcaram os três primeiros gols para o Rubro-Negro, mas Samuel Lino e Wallace Yan desperdiçaram as últimas cobranças.

“Eram os jogadores que batem melhor, que estavam disponíveis e confiantes para bater. Eu mesmo já errei muito confiante. Pênaltis são pênaltis. A linha é muito fina entre vitória e derrota. Só tenho a dizer que sinto orgulho dos jogadores que, com coragem, foram lá para bater”, respondeu Filipe Luís sobre a definição dos batedores.

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Confira, abaixo, mais respostas de Filipe Luís, técnico do Flamengo:

Pressão em cima do Wallace Yan
"É um jogador que tem muita personalidade, não se esconde ou se acanha para ninguém. Por mais que tenha sido o foco das atenções, Lyanco, Hulk, Everson, não são santos. Provocam. É coisa de jogo de alto nível, ninguém quer perder. É absolutamente normal. Que não tenha violência, não passe disso, e o Atlético venceu nos pênaltis. O Wallace fez uma grande partida, incomodou a defesa, criou espaços, gerou chances, e tem personalidade para bater o pênalti com 19 anos. Demonstra a personalidade e o futuro que tem.”

Como blindar Wallace Yan neste momento?
“As críticas fazem parte do jovem, do profissional. Quanto melhor lidar, ele, Matheus (Gonçalves), Lorran, todos jovens, maior serão como jogadores. Todos jogadores, 100% do meu elenco, foram criticados em algum momento da carreira. Tem que assimilar, não se abater, e ficar mais forte.”

Momento do Flamengo
“Acompanhei um pouco as narrativas essa semana, dizendo que o Flamengo está mal após a Copa do Mundo. Escutei muito. Pegam 600 minutos e resume em uma frase. Isso é uma mentira. O jogo contra o São Paulo foi um domínio absoluto. Primeiro tempo contra o Ceará foi um espetáculo. Primeiro contra o Santos foi muito bom. Jogo contra o Fluminense foi muito controlado. Contra o Atlético, busquem quantas goleadas o Cuca tomou nos últimos gols. É difícil jogar contra uma defesa como a do Atlético. É pouco valorizado por ser brasileiro.”

Obrigação de vencer a Libertadores ou Brasileirão?
“Nós somos obrigados a trabalhar o máximo possível, dar a vida pelo Flamengo. Essa é nossa obrigação. O resultado ninguém controla. Nem eu, Abel, Cuca, Jardim... Não controlamos a vitória. Nossa obrigação é dar a vida pelo escudo do Flamengo. Com o elenco qualificado, nos dá condição de brigar pelo título. Confio minha vida que vamos fazer uma grande temporada daqui até o final.”

Momento ruim após o Mundial?
“Isso é uma mentira. O time está bem. Vão ter jogos melhores. Vão ter jogos piores. Viagens longas, desgastes, lesões, desfalques, e o time vai jogar mal e vai jogar bem. O importante é sabermos o que está sendo feito dentro de campo. Esse é meu trabalho como treinador. Quando ganhamos do Atlético no Brasileirão, o Flamengo era o líder. Quando os resultados não vêm, temos que aguentar, fechar a boca e trabalhar.”

Como lida com cobranças da torcida
“Redes sociais são uma selva, uma loucura. A verdade não está ali, são pessoas jogando tudo para fora. A verdade está no estádio. Quando você joga e o torcedor transparece o que está sentindo com vaias, aplausos, protestos. Sou muito racional com o que está acontecendo. Contra o Ceará, quando fomos muito criticados, fizemos um grande primeiro tempo. O Ceará venceu o Cruzeiro fora de casa. Hoje, o Flamengo é líder do Brasileiro com um jogo a menos. Quando não joga bem, a responsabilidade é toda do treinador. Eu sou o responsável por fazer esse elenco jogar bem. Lido muito bem, sou racional com o que está sendo feito. Por mais que perca o jogo e jogue bem, ou ao contrário, eu falo para eles. Ao longo prazo, saberemos o que vamos conquistar. Faltam seis meses, não podemos deixar uma onda nos levar para baixo.”

Foco no Brasileirão e na Libertadores

Com a queda na Copa do Brasil, o Flamengo foca nas disputas do Campeonato Brasileiro e da Libertadores na sequência da temporada.

Na Série A, o time lidera a tabela com 37 pontos. O próximo jogo é contra o Mirassol, no sábado (9) no Maracanã, pela 19ª rodada. Confira a classificação!

Nas oitavas de final da Libertadores, o Rubro-Negro enfrenta o Internacional nos dias 13 e 20 de agosto, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre, respectivamente.

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.