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Cruzeiro busca acordo com o Mineirão e pede: ‘Mão na consciência’

Pedro Lourenço fez críticas ao atual contrato do clube celeste com o Gigante da Pampulha

Cruzeiro tem contrato para jogar no Mineirão até o fim de 2025

A relação entre Cruzeiro e Mineirão não agrada Pedro Lourenço. Segundo o dono da SAF celeste, o clube sai prejudicado e arrecada pouco nas partidas que manda no Gigante da Pampulha.

Em entrevista ao programa “Os Donos da Bola”, da Band Minas TV, na última quinta-feira (27), o empresário reclamou do contrato vigente entre as partes e prometeu se reunir com a administração da Minas Arena.

“Eu comecei a ver as despesas do Mineirão, é insuportável. Se você tem uma renda de R$ 2 milhões, sobra R$ 300 mil”, externou.

“Eu vou ter uma conversa com eles. É difícil. Vou te dar um exemplo. Eles cobram R$ 40 mil de para os camarotes. O Mineirão cobra da gente 20% do negócio que está pagando para o cara”, lamentou Pedrinho.

O atual vínculo para que o Cruzeiro jogue no estádio vai até o fim deste ano. Pedrinho quer renegociar os termos para o próximo contrato.

“Eu vou ter uma conversa com eles, mas em linha reta. Eles têm que por a mão na consciência. Por exemplo, no camarote, a gente não recebe um tostão. Tudo é deles. Estacionamento, tudo”, expôs.

“O Mineirão é bom só para eles. Eu vou cumprir o contrato que termina esse ano. Para pagar qualquer coisa lá, quem paga é a gente. Eles ganham muito em cima da gente”, destacou Pedrinho.

Mineirão se posiciona

Após as declarações de Pedro Lourenço, a Minas Arena, responsável pela gestão do estádio, se manifestou.

Por meio de nota, a administradora do estádio explicou sua relação com o Cruzeiro.

“O Mineirão mantém um permanente e constante diálogo com o Cruzeiro a fim de promover a melhor e a mais assertiva operação para seus jogos, o que inclui os custos da partida. O Mineirão tem uma equipe capacitada e com expertise para operações de forma setorizada, de acordo com a previsão de público indicada pelo clube, o que reduz os custos. Os serviços contratados para a operação da partida estão em consonância com os valores de mercado e em respeito à legislação vigente”, disse.

Relação com o Governo de Minas

Questionado se poderia contar com uma ajuda do Governo de Minas Gerais para desenhar um acordo melhor pelo Mineirão, Pedrinho se mostrou pouco animado. Apesar disso, garantiu ter boa relação com o governador Romeu Zema (Novo) e o vice-governador Mateus Simões (Novo).

“Única vez que trabalhei com o governo do estado, fiquei decepcionado. Quando eles prometeram que dariam garantia para nossa torcida contra o Palmeiras. Quando chegou no dia, eles falaram 2h da manhã no dia do jogo”, reclamou.

“Eu tive garantia do Mateus (vice-governador), do Zema (governador), que falei duas vezes. Mas eu tenho relação ótima com eles. Vou ter que conversar com eles. Para o povo, porque o Mineirão é nosso”, avaliou.

Por meio de Parceria Público Privada (PPP), a empresa Minas Arena tem contrato de concessão com o Estado de Minas Gerais para administrar o Mineirão até 237.

Estádio próprio?

Apesar das reclamações com o Mineirão, Pedro Lourenço descartou a construção de um estádio próprio para o Cruzeiro. O gestor não vê sentido em abandonar o Gigante da Pampulha.

“Não. Eu acho que a gente tem que chegar a um acordo com o Mineirão. Estádio eu não penso nisso não. O Atlético tem o dele, tem o Independência, tem o Mineirão. O Mineirão foi feito para o futebol. Temos que chegar a um acordo”, finalizou Lourenço.

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Lucas Barbosa é repórter do portal Itatiaia Esporte. Formado pela UFOP e natural de Raul Soares-MG, tem experiência em coberturas esportivas e jornalismo hiperlocal. Apaixonado pelo futebol brasileiro e suas histórias mais profundas, também já passou por veículos de rádio e televisão.
Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.