Com o 71º capítulo no Campeonato Brasileiro disputado neste sábado (3), às 18h30, no Parque do Sabiá, em Uberlândia, o clássico entre Cruzeiro e Atlético teve um grande momento na competição há quase quatro décadas, quando os dois rivais brigaram por uma vaga nas semifinais da edição de 1986, que só teve a reta final disputada no ano seguinte.
Depois de o Atlético passar pelo Flamengo, e o Cruzeiro pelo Joinville, nas oitavas de final, o chaveamento previa o cruzamento entre eles nas quartas.
Por ter feito melhor campanha nas etapas anteriores, o Galo entrou na disputa, que foi em dois jogos, com a vantagem de jogar por dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.
O mata-mata mineiro foi aberto em 8 de fevereiro, um domingo, com o Mineirão recebendo 94.381 pagantes. Foi uma partida extremamente equilibrada, com os dois times se respeitando muito e o placar ficando no 0 a 0.
Três dias depois, 11 de fevereiro, uma quarta-feira, os dois rivais voltaram ao Gigante da Pampulha que recebeu 90.190 torcedores. O Atlético contava com um time de grande qualidade individual, com nomes como Nelinho, Luizinho, Elzo, Everton, Paulo Isidoro, Zenon, Sérgio Araújo, Renato Frederico e Edvaldo.
O Cruzeiro tinha alguns jogadores revelados na base, como Gomes, Geraldão, Douglas e Eduardo e nomes experientes como Heriberto, Hamilton e Robson. O maior trunfo era mesmo o conjunto que foi armado pelo técnico Carlos Alberto Silva.
Os dois times seguiram se respeitando muito, mas na segunda etapa, o gol de Renato Frederico para o Atlético, logo aos 7 minutos, fez com que o Cruzeiro, que precisava da vitória, se lançasse ao ataque. E o empate veio com Douglas, aos 13.
A partir daí, a partida teve como marca os contra-ataques atleticanos, com ótimas chances sendo desperdiçadas, e a pressão cruzeirense, com o time azul acertando duas bolas na trave de Pereira, a última delas já na reta final da partida, com Robson.
O empate por 1 a 1 classificou o Atlético às semifinais para encarar o Guarani-SP. E sua torcida fez a festa no Mineirão. Os cruzeirenses também festejaram. Aplaudiram o time naquele que foi o pontapé inicial para as grandes campanhas do clube no Brasileirão na segunda metade da década de 1980, isso depois de tempos difíceis.