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Startup de prostituição patrocina jogo do Flamengo no Brasileirão

Empresa é uma das novas anunciantes do Campeonato Brasileiro e chamou atenção no jogo entre Flamengo e Coritiba

Anúncio de startup chamou atenção dos telespectadores

Um dos novos anunciantes da série A do Campeonato Brasileiro têm chamado atenção dos telespectadores. Com uma propaganda discreta que traz os dizeres ‘Respeito, dignidade e segurança’ a Fatal Model, uma startup de anúncios de prostituição, foi destaque pela primeira vez em uma partida da Série A do Campeonato Brasileiro, tendo a marca ocupado uma das placas de publicidade no jogo entre Flamengo e Coritiba, no Mané Garrincha, em Brasília, no domingo.

“O Fatal, como uma marca, conseguiu um espaço para divulgar alguns dos valores pelos quais lutamos todos os dias”, defende uma das embaixadoras da empresa em vídeo publicado nas redes sociais. “No jogo do Flamengo, a profissão teve alguns segundos de visibilidade em nível nacional”, relata.

A empresa tem investido no marketing esportivo por considerar “a importância de ações em eventos de grande audiência nacional” e já é conhecida de alguns times menores do país. Além da partida pelo Brasileirão, a marca já foi estampada em placas de publicidade da Série C e também em partidas de Internacional, Flamengo e Corinthians pela Copa do Brasil, como patrocinadora dos respectivos adversários, Globo (RN), Altos (PI) e Portuguesa (RJ).

A presença em uma das placas de publicidade durante o jogo de domingo (17) veio por conta de um contrato fechado com a Sport Promotion, um dos grupos que comercializa anúncios durante os jogos.

A Fatal Moda ganhou destaque no início do ano quando apareceu como uma das anunciantes do Flow Podcast no programa que entrevistava o ex-ministro Sérgio Moro. Pouco tempo depois, o patrocínio foi encerrado por causa da polêmica envolvendo o apresentador Monark.

O que é a startup?

Definida como uma “plataforma de anúncios para acompanhantes”, a empresa “utiliza a tecnologia para transformar o mercado adulto”. A startup destaca a segurança e o sigilo para pessoas que querem anunciar ou contratar serviços de acompanhantes e se coloca como uma “alternativa segura, gratuita e muito rentável para acompanhantes e profissionais do sexo que almejam parar de atender nas ruas em decorrência do risco de violência no qual estão expostos”.

Criada em 2016, a empresa brasileira já registrou mais de 100 milhões de usuários e obteve 275 milhões de acessos só em 2020. Com mais de 25 mil profissionais cadastrados, a plataforma afirma ter mais de 15 milhões de usuários únicos no site.

Segundo a empresa, o cadastro na plataforma é gratuito e não há participação nos lucros obtidos com os programas. Apesar disso, usuários que querem destaque entre as opções de busca precisam desembolsar um valor extra.

No Brasil, a prostituição é reconhecida como profissão pelo Ministério do Trabalho desde 2002, apesar de ainda não ser regulamentada. Apesar disso, o rufianismo, prática de tirar proveito da prostituição de outra pessoa, é considerada crime contra a dignidade sexual, e por esse motivo a empresa não cometeria crime.

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