Luciano Huck opinou sobre a
“Eu não posso encerrar o programa de hoje e não falar sobre o que aconteceu esta semana no Rio de Janeiro. Eu sou paulista, boa parte da minha família segue em São Paulo, mas eu vivo nesta cidade há 25 anos. Foi aqui que a gente escolheu para criar os nossos filhos, e é uma tristeza ver o mesmo modelo de segurança pública se repetindo há décadas sem nenhum resultado”, inicia Huck, que contou com a esposa, Angélica, como jurada do
“Quantas vezes eu já não parei um programa de televisão aqui na TV Globo para falar desse assunto? Cento e vinte mortos numa operação policial no Complexo do Alemão e da Penha. Por trás desse número tem 120 mães que enterraram os seus filhos”, continua Huck.
Logo depois, ele levanta o questionamento: “E você acha que foi isso que elas sonharam quando essas crianças eram pequenas e corriam ali pelas vielas do Alemão ou da Penha? Claro que não. É preciso combater o narcotráfico com força total. É preciso coordenar ações entre todos os níveis de poder: municipal, estadual e federal. É preciso sufocar a parte financeira das organizações criminosas, das milícias, do tráfico e por aí vai. É preciso valorizar a polícia e o policial.”
Huck segue: “Mas é preciso mais do que isso. É preciso gerar oportunidade, dar perspectiva para quem nasce nesses recortes da cidade do Rio de Janeiro, oferecer boas referências, abrir caminhos, mostrar que existem outros futuros possíveis, porque enquanto o Estado se ausenta, outro poder ocupa esse lugar. E é justamente isso que precisa mudar, a gente precisa reconstruir o sentido de pertencimento. Fazer com que as crianças se deem parte de algo maior, de um Rio de Janeiro maior, de um Brasil maior, onde o crime não esteja no horizonte.”
“Vale lembrar que a enorme maioria da população carioca vive nesses cantos da cidade e é também refém dessa violência. Não compactuam, não pertencem. A violência urbana é a maior dor do Brasil, sem a menor dúvida, atualmente. E quem lucra de verdade com a criminalidade não tá no Complexo Alemão e nem na Penha. Aqueles fuzis, aqueles drones, aquelas armas de guerra não foram fabricados ali e não chegaram ali sozinhos. Meus filhos me falaram nessa semana num jantar: ‘Mas, pai, é impossível resolver isso’. Não é. Eu discordei e mostrei para eles que é possível, sim, em muitos lugares do mundo, com realidades muito parecidas, isto já aconteceu.”
O apresentador traz exemplos: “Colômbia, aqui do lado, Medellín deixou de ter o título de cidade mais violenta do mundo nos anos 90... Na década de 80, Nova York tinha esse mesmo título e hoje é uma das cidades mais seguras do mundo e mais visitadas do planeta.”
Luciano Huck também falou sobre os policiais mortos na megaoperação. “Então, encerro dizendo: Olho no olho com as famílias dos policiais mortos. Eu nunca escondi a minha posição pública de apoio à boa polícia, aquela formada por profissionais bem treinados, respeitados pela corporação e pela população. Eu acredito na polícia pelos seus melhores exemplos e não pelas suas exceções. Os quatro policiais mortos em combate saíram de casa para trabalhar e não voltaram. Essa também é uma parte devastadora dessa história. Eu espero que no futuro, a gente não precise mais falar sobre isso desta forma. Nós, brasileiros, queremos paz e segurança.”
Príncipe William participará do Domingão
O
“Príncipe William, futuro rei da Inglaterra, filho da princesa Diana e do rei Charles III, estará no Brasil na semana que vem. Ele vem ao Brasil para fazer as honras de um prêmio que se chama Earthshot Prize, que premia projetos de sustentabilidade pelo mundo. [...] E ele estará no Domingão no próximo domingo, fará parte da nossa mistura. Então, eu pedi para ele mandar um videozinho para gente”, contou Luciano Huck.
No vídeo, o Príncipe de Gales revela estar ansioso pelo momento: “Olá, Luciano. Estou ansioso para vê-lo esta semana. Muito obrigado por apresentar o
William chega ao Rio de Janeiro nesta segunda (3). A intenção é promover o Earthshot Prize, iniciativa global criada por ele para incentivar e premiar soluções ambientais inovadoras.
Depois do Rio, o príncipe viajará para Belém, no Pará, sede da