Ouvindo...

Fã deixa flores para Lô Borges em frente ao Museu Clube da Esquina, em BH; veja vídeo

Lô Borges morreu nesse domingo (2), vítima de falência múltipla de órgãos

Fã fez homenagem a Lô Borges nesta segunda-feira (3)

Uma fã deixou flores em homenagem ao cantor e compositor Lô Borges em frente ao Museu Clube da Esquina, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (3), pouco após a divulgação da morte do artista. Ele morreu no Hospital Unimed, na capital mineira, aos 73 anos, após uma intoxicação medicamentosa.

A desenvolvedora de software Gabriela Nascimento, de 30 anos, foi flagrada pela reportagem da Itatiaia enquanto deixava a homenagem no local. “A vida está aí para ser vivida e a morte, também, é um processo de celebração de coisas que a gente não conseguiu viver em vida, né?”, contou.

“Então para mim, [essa homenagem] é trazer um reconhecimento da obra, trazer uma presença e fazer uma passagem espiritualmente leve”, completou.

A mulher relatou, ainda, sobre a ligação com as músicas do cantor, dizendo que elas tratavam muito sobre o dia a dia mineiro.

“Para mim, as músicas dele trazem muito sobre ancestralidade, sobre história, sobre família, sobre Minas. Acho que é uma voz de uma família mineira. Ele diz muito sobre o nosso dia a dia enquanto pessoas né, no cotidiano, na mesa, no jantar”, disse a fã.

Leia também

Morre Lô Borges

O cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do famoso movimento Clube da Esquina, morreu na noite desse domingo (2) aos 73 anos. O artista mineiro estava internado no Hospital Unimed, em Belo Horizonte, desde o dia 17 de outubro tratando um quadro de intoxicação medicamentosa.

Salomão Borges Filho, conhecido no meio artístico apenas como Lô Borges, nasceu na capital mineira em 10 de janeiro de 1952 e se consagrou, no decorrer dos anos, como um dos principais nomes da Música Popular Brasileira (MPB). Ao lado de Milton Nascimento, o Bituca, e Beto Guedes, ele ganhou reconhecimento pela atuação no Clube da Esquina.

O movimento, criado na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, foi considerado uma revolução musical ao misturar gêneros como MPB, rock, jazz, folk e sons clássicos. Desde então, o Clube da Esquina ganhou repercussão em Minas e no Brasil.

Em 1972, aos 20 anos, ele co-assinou com Milton o álbum duplo “Clube da Esquina”, considerado por muitos um dos maiores álbuns brasileiros de todos os tempos. O disco carrega canções atemporais como “O Trem Azul”, “Paisagem da Janela” e “Um Girassol Da Cor Do Seu Cabelo”.

O músico será velado nesta terça-feira (4), no Foyer do Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, em Belo Horizonte, das 9h às 15h.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.
Formada, há 13 anos, em jornalismo, pela Faculdade Pitágoras BH. Pós-graduada em jornalismo digital e produção multimídia.