O cantor Lô Borges faleceu na noite desse domingo (2), causando comoção geral. Entre fãs e famosos, Henrique Portugal, produtor, instrumentalista e tecladista do Skank, falou sobre a morte do músico.
Em entrevista à Itatiaia, o músico relembrou momentos com o veterano. “Para começar, é uma grande perda, não só para a música mineira, mas para a música brasileira”, iniciou.
“O Lô era diferente, o jeito dele enxergar a música era diferente. Sou de Santa Tereza, a rua que fui criado é continuação da rua Divinópolis, a esquina tem a placa do Clube da Esquina. Passei minha infância vendo o Lô passando na minha rua”, relembrou Henrique Portugal.
“Hoje, 73 anos, é uma pessoa nova. Ele deixou uma história maravilhosa, a nível mundial”, lamentou o artista.
“O Clube da Esquina é uma união de pessoas que pensavam de uma forma harmônica, que se fecharam e foram produzindo coisas diferentes de altíssima qualidade e gerou o álbum duplo de 1972. O Clube da Esquina é um álbum mágico, muito diferente. O Clube da Esquina é diferente”, elogiou.
O músico também se emocionou com uma lembrança do veterano. “Um dia, o Lô passou na rua. Meu vizinho estava com um violão e falou: a gente não sabe afinar o violão. O Lô parou e afinou”.
“A música dele saiu do Santa Tereza, mas ele continuou. Estava em contato com ele. Via ele com os amigos. Acho legal a pessoa que, por mais que o que ela faça vá para o mundo, que ela não perca as origens”, concluiu.
Henrique Portugal
Morte de Lô Borges
O cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do famoso movimento Clube da Esquina,
Salomão Borges Filho, conhecido no meio artístico apenas como Lô Borges, nasceu na capital mineira em 10 de janeiro de 1952 e se consagrou, no decorrer dos anos, como um dos principais nomes da Música Popular Brasileira (MPB). Ao lado de
