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Gabi Melim passa por tomografia e ressonância no cérebro após diagnóstico de paralisia de Bell

Especialistas explicam o que é paralisia de Bell e quais são os tratamentos indicados

Gabi Melim foi diagnosticada com paralisia de Bell

A cantora Gabi Melim, de 30 anos, relatou nesta segunda-feira (2) que passou por tomografia e ressonância no cérebro após ser diagnosticada com paralisia de Bell. Segundo ela, a condição - que deixa o rosto parcialmente paralisado - ocorreu por conta da ansiedade.

“Obrigada pelas mensagens de apoio e carinho. Vim no neurologista e tô me cuidando. Já descartamos algo mais grave com o resultado da tomografia e ressonância que fiz do cérebro”, disse.

Afinal, o que é paralisia de Bell? “A paralisia de Bell é uma condição que resulta na fraqueza súbita ou paralisia dos músculos de um lado do rosto. Normalmente, essa paralisia afeta apenas um lado, deixando o rosto com uma aparência assimétrica, com desvio da rima labial e dificuldade de fechar um dos olhos”, esclarece o neurocirurgião Felipe Mendes.

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O psiquiatra Lucas Souza explica a relação da condição com a saúde mental. “Estados mentais sempre vão estar relacionados com o sistema imunológico. Por isso que doenças autoimunes ou crônicas (principalmente dor crônica/ fibromialgia) costumam acompanhar o estado emocional de cada pessoa, influenciando em crises ou piora”, inicia.

“Bell é uma doença específica; tendo múltiplas causas, como infecções, metabólicas e mesmo vasculares, como AVC. Infecções crônicas, como as causas pelo vírus Herpes, podem reativar em oscilações emocionais, principalmente transtornos ansiosos, sendo utilizado por alguns pacientes como ‘termômetro’ emocional”, acrescenta o psiquiatra.

No entanto, ele pontua: “Agora, como Bell é multifatorial, não podemos afirmar que a ansiedade aumenta a suscetibilidade, mas pode contribuir, por existir a relação entre o humor e o sistema imunológico/ inflamatório.”

Tratamento

O neurocirurgião explica como funciona o tratamento da paralisia de Bell. “Em todos os casos são usados corticoides. Naqueles moderados a graves, antivirais. E, naqueles pacientes que não se recuperam naturalmente, pode ser necessária cirurgia para reconstrução do nervo facial”, diz.

“No lado da face afetado pela paralisia, é indicado o uso de colírios ou pomadas com o intuito de proteger o olho do ressecamento causado pela falha de oclusão. ", segue.

Mendes destaca ainda que, para evitar chances de ter a condição, o ideal é aderir “hábitos de vida saudáveis, manter a carteira de vacinação atualizada, evitar estresse físico e emocional, além de agendar consulta com seu médico de referência quando houver dúvidas”.


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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.