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Zé Neto, dupla de Cristiano, culpa cigarro eletrônico por diagnóstico que o fez pausar carreira

Em meio ao diagnóstico, Zé Neto relata ainda que ficou sete dias internado em um hospital para desintoxicação

Cantor se afastou do palco por três meses para cuidar da saúde

Zé Neto, que faz dupla com Cristiano, disse que o cigarro eletrônico foi um dos grandes responsáveis pela piora do seu diagnóstico. O artista tem depressão e síndrome do pânic o e, por conta do quadro, precisou pausar a carreira por três meses. De volta aos palcos no fim de novembro, ele conversou com o “Fantástico”, da TV Globo, sobre sua saúde, nesse domingo (1ª).

A dupla sertaneja recorda que já fez 34 shows em apenas um mês e que a rotina influenciou no diagnóstico de Zé Neto. “Eu estava saturado, já não estava mais entregando o que a dupla se propõe a entregar”, declarou.

Por conta da saúde do irmão, Cristiano cogitou terminar a dupla, mas foi convencido por ele a continuar.

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Na entrevista, Natália Toscano, esposa de Zé Neto, se recorda do dia em que o marido se negou a subir no palco, e ele descreve o que sentiu. “Comecei a tremer, meu coração disparou, minha cara começou a formigar, tive uma síndrome do pânico. Tô morrendo, medi a pressão. Aquele ciclo vicioso de depressão e foi aumentando. O que era uma gotinha virou uma tempestade”, disse.

Ele admite ter sido “preconceituoso” com quem tem depressão, até que ele teve o diagnóstico. “A depressão você se esquece dela um pouquinho, mas ela não vai embora, sabe?”, afirma.

O cantor enfrentou períodos delicados após misturar medicamento com bebida alcoólica como “anestesia” para seu sofrimento.

Cristiano recorda que Zé Neto precisou enfrentar as redes sociais após um show com Ana Castela, onde ele teve dificuldade parar cantar. “No outro dia, quando ele acordava, ele via os vídeos e os comentários aí ele afundava mais ainda”, conta.

A dupla esclarece ainda que não esteve na gravação do DVD dos 40 anos de carreira do cantor Daniel - em dezembro de 2022 - porque Zé Neto estava internado.

“Estava internado no hospital em São Paulo, fiquei sete dias para fazer uma desintoxicação. Veio a calhar que foi na semana do DVD do Daniel, a gente estava louco pra participar”, destacou. “O Zé ligou para o Daniel e abriu o jogo”, relembra Cristiano.

Cigarro eletrônico

Logo depois, Zé Neto abre o jogo sobre o uso de cigarro eletrônico. “Se você perguntasse para mim hoje: ‘Zé, você se arrepende de alguma coisa que você fez na sua vida?’ Eu só me arrependo até hoje de ter fumado”, dispara.

“O cigarro foi uma das piores coisas que aconteceu comigo. Acho até que ele foi culpado da minha depressão ter piorado, porque ele atacou justamente na coisa que mais amo fazer, que é cantar. Não conseguia cantar, respirar, entregar mais e comecei a ficar com medo. Então tinha medo de me apresentar”, completa.

Zé explica o que ele fez no período em que pausou a carreira. “Sai de todas as redes sociais, voltei a fazer coisas normais que eu fazia, lavar chiqueiro... Ir no mercado, tinha muitos anos que não ia”, detalha. O artista conta ainda estar recebendo tratamento médico.

Hoje, a dupla - que fará 12 apresentações por mês - relata que não voltaria para a mesma rotina de shows de antes. “Pode ser menos, mas não vai ser mais”, destaca Cristiano.

Acidentes e diagnóstico de Covid

Ao Fantástico, Zé Neto explicou que foi diagnosticado com Covid-19 cinco vezes e relembrou os acidentes que sofreu. No fim do ano passado, ele ficou quatro dias internado na UTI por conta de um acidente de trânsito.

Já em setembro deste ano, Zé Neto levou mais de 100 pontos na cabeça após acidente com um quadriciclo. “O médico falou assim: ‘não entendi essa pancada, para escalpelar sua cabeça desse jeito, não ter dado traumatismo e nada’.”


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Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.