A primeira novela do mundo é brasileira e foi exibida há mais de 70 anos. “Sua Vida Me Pertence” teve o último capítulo exibido em fevereiro de 1952 pela TV Tupi, emissora extinta em julho de 1980.
O folhetim tinha apenas 15 episódios e, diferente de atualmente, não era exibido diariamente. Os capítulos, exibidos ao vivo, iam ao ar nas noites de terça e quinta-feira, às 20h, e durava entre 15 a 20 minutos.
Idealização, roteiro, produção e direção foram realizados por Walter Forster, que também era um dos protagonistas, ao lado da atriz Vida Alves. Havia apenas dois cenários: um reproduzia um quarto e o outro o jardim de uma praça.
A trama
“Sua Vida Me Pertence” acompanha um triângulo amoroso. A base da trama é o interesse de Elisabeth, personagem de Vida Alves, por Alfredo (Walter Forster). No entanto, ele era apaixonado por Eliana, interpretada por Lia de Aguiar.
O vilão da história é uma figura conhecida: Lima Duarte. O ator interpretava Nestor, o antagonista que atrapalhava o relacionamento de Walter Forster e Vida Alves.
Lima Duarte atuou na primeira novela do mundo. Hoje, ator tem 94 anos
Leia mais:
Cinema: cotada para ‘Vale Tudo’, Fernanda Torres pode estar no Oscar 2025 ;Taís Araújo cita Bella Campos e abre o jogo sobre papel em ‘Vale Tudo’ ;Vale Tudo: atriz que faria Heleninha Roitman em remake pode ser trocada; entenda ;
Primeiro beijo
A novela é lembrada até hoje por encerrar sua trama com o primeiro beijo de novela, entre Walter Forster e Vida Alves. No entanto, como era tabu registrar cenas de qualquer relação entre pessoas, não há imagens do momento.
No caso, foi apenas um selinho também, diferente do que vemos hoje e que conhecemos como “beijo de novela”.
Gênero brasileiro
A telenovela nasceu a partir das radionovelas, que faziam muito sucesso no último século. O Brasil foi percursor do gênero audiovisual e foi seguido por vários países.
“Sua Vida Me Pertence” foi a primeira telenovela produzida na história, escrita em 1951. Após a boa aceitação, a TV Tupi passou produzir diversas outras telenovelas e outros canais aderiram ao formato, como a TV Paulista, com “Helena” em 1952, e a Record, com “A Muralha”, em 1954.
