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Mario Gomes foge de despejo há 13 anos, entenda como foi possível

Mansão foi leiloada em 2011 para pagamento de dívida trabalhista com 84 ex-funcionários

Mario Gomes, ex-ator e candidato a vereador, em vídeo publicado no Instagram

O ator e candidato a vereador Mario Gomes foge do despejo da mansão em que mora no Joá, zona Oeste do Rio de Janeiro, há treze anos. A casa foi a leilão depois que Mario Gomes fechou uma confecção no Paraná e ficou devendo 84 trabalhadoras.

De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR), Mario Gomes era sócio da empresa “Mário Gomes Indústria e Comércio de Confecções Ltda”, que fechou em 2005. Na época, 84 trabalhadoras foram demitidas e não receberam nenhuma verba rescisória. Ou seja, não receberam salários, horas-extras, 13º salário, FGTS ou aviso prévio indenizado. Elas entraram, então, com um processo na Vara do Trabalho de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná.

A mansão, que hoje está mal-conservada, foi a leilão para o pagamento da dívida. O TRT-PR disse que ela foi arrematada em 2011 por R$720 mil. A casa na praia de Joatinga ainda estava em construção quando foi arrematada e, desde então, o TRT tenta que o ator deixe o imóvel e que o vencedor do leilão possa assumir a casa. D

Ainda segundo o TRT, a casa estava avaliada em R$1,5 milhão na época. A dívida de Mario Gomes com as 84 ex-funcionárias chegava a 2 milhões de reais em 2017, quando o cálculo foi atualizado pela última vez.

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Como Mario Gomes conseguiu fugir do despejo por 13 anos?

O despejo demorou pra acontecer pois os representantes da empresa de Mario Gomes entraram com vários recursos após a decisão do leilão. Todos eles questionavam a venda da casa para o pagamento da dívida. De acordo com o TRT-PR, isso “impediu a imissão de posse até o momento”. Porém, ainda segundo o TRT, “atualmente, não há impedimentos para a efetivação da posse da casa ao novo proprietário”.

Leia também: Mario Gomes, despejado de mansão, não declarou casa ao TSE; lista de bens surpreende

Como vai ser usado o dinheiro do leilão?

O TRT-PR explicou que o valor de R$720 mil pago pela casa está depositado em uma conta judicial. Assim que o novo dono tiver posse da mansão, 1/4 do valor - 180 mil reais - vão ser entregues à esposa do dono da empresa, como pagamento da parte dela na casa e também para reembolsar as benfeitorias feitas na casa.

Todo o valor restante, de 540 mil reais, vai ser liberado para as 84 funcionárias que estão sem receber desde 2005. No entanto, como esse valor não paga toda a dívida, a Justiça do Trabalho do Pará “continuará a buscar outros bens dos devedores, a fim de quitar por completo o débito trabalhista”.

O que Mario Gomes diz sobre o despejo?

Nesta terça-feira (17) Mario Gomes voltou às redes sociais para reclamar do despejo. Ele disse que não tem para onde ir e está “na rua, debaixo da ponte”. O filho dele, João Pallma, também manifestou-se nesta terça-feira (17).

Em um novo vídeo publicado no Instagram, o ator afirmou que a família "é perseguida há anos” e criticou a forma como a casa foi penhorada. “Perturbam a minha família há anos, os bandidos, os especuladores, os safados. O leilão não é errado, mas desde que seja justo, não um leilão injusto, de pilantragem”, desabafou. “A casa é minha, eu tenho esse direito. Eu só tenho esse imóvel, então isso é um absurdo”, disse.

Na oportunidade, Mario, que é candidato a vereador do Rio de Janeiro pelo partido Republicanos, aproveitou para citar a política. “Estou com vocês e espero que vocês estejam comigo. Não esquece do meu número que eu quero ir pra cima, me ajuda pra eu ajudar vocês. Ta bom? A gente consegue! Vamos pra cima, eu não tenho medo não. Vão ter que me matar”.


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