A Netflix estreou nesta semana a série documental “Ashley Madison: Sexo, Mentiras e Escândalo” que mostra a história do site feito para que pessoas casadas encontrassem parceiros para relacionamentos extraconjugais. “A vida é curta. Tenha um affair”, esse era o slogan da plataforma.
Ashley Madison
Nos primeiros anos da popularização da internet, o canadense Darren J. Morgenstern fundou a Ashley Madison, um portal onde homens e mulheres casados poderiam compartilhar informações pessoais e se conectarem com
As mulheres podiam iniciar conversas com outros participantes gratuitamente. Por sua vez, os homens tinham que comprar créditos para começar o papo.
Em 2007, com a chegada de Noel Biderman como CEO e uma estratégia de marketing agressiva, a empresa alcançou números impressionantes. De acordo com a Ashley Madison, na primeira década dos anos 2000, o site já reunia mais de 37 milhões de usuários.
Hackeamento
A promessa do portal era de discrição absoluta, confidencialidade e
A empresa gerava lucro e ia bem até o ano de 2015, quando um grupo de hackers autodenominado “The Impact Team” invadiu os sistemas da Ashley Madison e extraiu informações de seus usuários.
Em posse de dados como nome, fotografia, endereço, e-mail, preferências sexuais, números de cartão de crédito e informações privadas, os
Após tentativas de encontrar o responsável pela invasão, a empresa não cedeu a chantagem. Com isso, os dados de mais de 32 milhões de pessoas foram vazados. Em um momento, era possível, com um endereço de e-mail, descobrir se alguém já havia usado o Ashley Madison.
Série sobre o caso
A série sobre o caso, disponível na
Tribunais dos Estados Unidos receberam muitas ações contra a empresa, que desembolsou mais de 11 milhões de dólares para várias vítimas. Entretanto, a plataforma não desapareceu completamente e continua ativa em todo mundo, com outro nome, CEO e proprietário. De acordo com o site, eles têm mais de 80 milhões de usuários ativos em vários países.
*Com supervisão de Enzo Menezes.