A Justiça Eleitoral acatou pedido da coligação BH Sempre em Frente, de Fuad Noman (PSD), candidato à reeleição à Prefeitura de Belo Horizonte, e determinou a retirada de propagandas de Bruno Engler (PL) na TV aberta. Nas peças, o deputado do PL dizia que Fuad descreveu um episódio de estupro em um livro de ficção no ano de 2020.
Na decisão, o juiz Adriano Zocche afirmou que a reprodução de frases da
Zocche lembra, ainda, que a descrição de um ato trágico em uma obra de literatura não significa que o autor concorde com o crime. “O trecho destacado, quando analisado em seu contexto literário, é parte de uma narrativa fictícia que relata a história de uma personagem de forma a evidenciar tragédias e abusos sofridos por ela, sem qualquer apologia ou incentivo a tais atos”.
A decisão do juiz afirma que “a propaganda dá a entender claramente que a descrição de uma cena em livro, a qual retrata fato sabidamente ilícito, criminoso e imoral, implicaria automaticamente em endosso à prática. Isso é descontextualização”, critica.
O conteúdo foi exibido em 18 emissoras de TV ao longo desta semana.
Resposta de Fuad
Em agenda nesta quarta-feira (23) com membros do Conselho Nacional do Evangelho Quadrangular, na Pampulha,
“Ele [Engler] já foi punido 32 vezes pelo Tribunal Regional Eleitoral, o juiz acabou de proibir essa notícia, essa fake news a respeito do livro. Não sei que livro eles estão lendo, porque nada daquilo que ‘tá' sendo falado ‘tá' escrito, né? Eu nunca vi uma comandante da polícia [Cláudia Romualdo] mentir como ela mentiu na televisão. Segundo o regulamento do Exército, eu acho que a polícia é igual, o R1, artigo primeiro, é faltar à verdade. Eu até gostaria que a Polícia Militar olhasse, pois não é possível que uma coronel vai para televisão mentir”, afirmou.