A candidata à Prefeitura de Belo Horizonte Duda Salabert (PDT) defendeu nesta quinta-feira (19), em agenda de campanha na rua Guaicurus, no centro de Belo Horizonte, a ampliação de políticas públicas voltadas à prevenção e ao tratamento do HIV/Aids. A candidata esteve no lançamento do projeto Acolher e Cuidar, de fortalecimento a rede de apoio às comunidades LGBTQIA+, e disse que uma das medidas que tomará, se eleita, é a facilitação do acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP).
“Nós vamos desburocratizar o acesso à PrEP, porque a modelagem que está em prática em Belo Horizonte obriga o atendimento antes com infectologista, mas estão faltando infectologistas em BH. Então nós vamos desburocratizar o acesso à PrEP e, o mais importante, ampliar a política da PrEP e de combate ao HIV e AIDS nas periferias, já que os dados têm mostrado que a população que tem mais problemas com HIV e AIDS é a população mais pobre e marginalizada de Belo Horizonte”.
Duda defendeu ainda o fortalecimento de ações de educação sexual dentro e fora das escolas, focada na prevenção. “Nós vamos seguir o que está previsto na Lei de Diretrizes de Base. A LDB já propõe prever um debate em sala de aula para prevenção a ISTs, DSTs, como HIV e AIDS, e isso já está na própria LDB em Belo Horizonte, para ter a melhor educação pública do Brasil, tem que colocar em prática o que está na LDB”.
A candidata ainda defendeu que a prefeitura deve atuar na conscientização sobre HIC/Aids em grandes eventos de Belo Horizonte, como o Carnaval.
“A gente sabe que a prevenção passa também por um processo educacional e como nós vamos fazer de Belo Horizonte a capital educadora, essa educação acontece não só dentro do muro escolar, dentro das escolas, mas também nos espaços públicos. Então grandes eventos são também pedagógicos para a gente combater todo tipo de preconceito relacionado ao HIV, a AIDS, como também propagar estratégias para que a população tenha informações para acessar essas políticas que são importantes”.
Agenda na Guaicurus
Duda Salabert aproveitou a agenda na rua Guaicurus, tradicional ponto de prostituição em Belo Horizonte, para comentar sobre ações de proteção do poder público para as mulheres que atuam na região. Entre elas está a oferta de cursos profissionalizantes.
“Há várias políticas de assistência social que são importantes fazer, mas há um dado importante que a PROSMIG (Associação das Prostitutas de Minas Gerais), mapeando a realidade das trabalhadoras sexuais, mostrou que o grau de analfabetismo, de falta de escolaridade é muito grande entre as trabalhadoras sexuais. A gente tem lutado com o governo federal e, sendo eleitas, vamos colocar isso em prática, educação para jovens e adultos e cursos profissionalizantes para as trabalhadoras sexuais”.