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Debate da Globo: combate à pobreza, respeito à Constituição e aborto marcam 2 º bloco

Lula e Bolsonaro escolheram temas pré-definidos e trocaram acusações

No segundo bloco, Lula e Bolsonaro discutiram sobre respeito à Constituição, aborto e combate à pobreza

No segundo bloco do debate entre os candidatos à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), os embates giraram em torno do combate à pobreza e o respeito à Constituição. Ainda durante o bloco, candidatos discutiram sobre o aborto.

O primeiro tema - combate à pobreza -, foi escolhido pelo petista. Ele citou uma reportagem da Folha de S. Paulo que apontou que 24 milhões de pessoas não tem o suficiente para comer em casa. “Quero perguntar ao presidente porque o povo ficou tão miserável depois que ele assumiu a Presidência”, afirmou.

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“Você não bota na mesa que teve uma pandemia, que seus governadores obrigaram o povo a ficar em casa. Dados do IPEA: pegamos o governo com 5,1% de pessoas em extrema pobreza e estamos com 4%. Diminuiu comigo”, disse Bolsonaro.

O presidente completou, ainda, dizendo que se há pessoas com necessidade, "é só cadastrar no Auxílio-Brasil”.

“Quem está em situação de extrema pobreza ganha até R$ 10 por dia. Nós estamos dando R$ 20 por dia com o Auxílio-Brasil”, afirmou.

Respeito à Constituição

O segundo tema do segundo bloco do debate foi escolhido por Jair Bolsonaro, que levou ao palco o tema “respeito à Constituição”. Ele aproveitou o tempo para repetir que joga “dentro das quatro linhas da Constituição”.

“Você defende invasão de terras do João Pedro Stédile e invasões urbanas do Boulos. Isso é respeitar a Constituição?”, questionou.

Sem responder, o petista acusou o presidente de ameaçar e xingar ministros da Suprema Corte.

“Todo santo dia ameaçando o ministro da Suprema Corte, ameaçando que vai fechar, que não vai respeitar a decisão, xingando pessoalmente os ministros, não tem respeito pela Constituição”, afirmou.

Aborto

O tema “aborto” foi trazido ao debate por Lula, que leu uma declaração de Jair Bolsonaro quando este ainda era deputado federal, em 1992, e discursou a favor do controle de natalidade ao defender a ‘pílula abortiva’.

O presidente disse que se tratava da “pílula do dia seguinte” e que aquilo fazia 30 anos e que ele poderia mudar de opinião.

“Sou contra o aborto e minhas mulheres também são contra o aborto. Eu respeito a vida, tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Se quiser jogar a culpa do aborto em alguém, jogue em você mesmo. Em mim não cola”, disse o petista.

“Você disse outro dia que aborto era questão de saúde pública. Muda agora porque tem eleição”, afirmou Bolsonaro.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.