Em entrevista à RecordTV na noite deste domingo (23), o presidente Jair Bolsonaro (PL) saiu em defesa da concessão de empréstimos consignados para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC) e do Auxílio-Brasil. A medida tem sido criticada por opositores por incentivar o endividamento das famílias brasileiras e pelo uso da máquina pública por parte do presidente às vésperas das eleições.
De acordo com Bolsonaro, o empréstimo consignado para essas famílias que dependem dos benefícios sociais do governo federal vai tirar as pessoas “das mãos dos agiotas”.
“Acertamos o consignado do Auxílio-Brasil e do BPC como forma de tirá-los das mãos de agiotas”, afirmou o presidente.
Ainda de acordo com ele, o beneficiário poderá pagar juros menores em bancos estatais, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil.
“Ele pode fazer o acerto, a Caixa compra a dívida e ele vai pagar uma dívida menor. Estamos tirando da inadimplência milhões de pessoas que estão recorrendo ao consignado”, defendeu.
Bolsonaro ainda criticou a dívida de estudantes com o Fies, programa de financiamento estudantil implementado durante a gestão do Partido dos Trabalhadores à frente do governo federal.
“Lá atrás a intenção era atender aos conglomerados. Quando assumi o governo, mais de 1 milhão de jovens tinham dívidas impagáveis e hoje conseguimos anistiar quase 99% dessa dívida”, disse.
Fundos de pensão
O presidente abriu a sabatina da noite deste domingo dizendo que queria fazer uma pergunta ao petista sobre a aposentadoria e citou problemas relacionados a fundos de pensão de servidores de estatais, como Caixa Econômica Federal, Petrobras e Correios.
“Como ele tratou os aposentados? Ele nomeou para os fundos de pensão, pessoas que, na verdade, eram bandidas. Ao longo do governo Lula e parte de Dilma, elas saquearam os fundos de pensão e as pessoas ficaram ameaçadas de não terem mais aposentadoria”, afirmou.
Neste momento, Bolsonaro exibiu um papel em que dizia se tratar de um contracheque de um servidor dos Correios que pagaria uma cota extra R$ 510 mensais para “sanear o fundo de pensão”.
“O mesmo aconteceu na Petrobras e na Caixa. Esse desconto extra será efetuado até 2030. Ou seja, o PT quebrou três fundos de pensão. Quero dizer a vocês do BPC, aposentados, servidores públicos, que o PT vai quebrar tudo aqui no Brasil”, afirmou.