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Moraes proíbe campanha de Lula de usar declaração de Bolsonaro sobre venezuelanas

Decisão do TSE prevê multa de R$ 100 mil caso o PT utilize o vídeo em propagandas de TV e rádio ou nas redes sociais

Bolsonaro disse em podcast que ‘pintou um clima’ com meninas venezuelanas de 14 anos de idade

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, proibiu a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de explorar a entrevista em que o presidente Jair Bolsonaro (PL) fala sobre um encontro com adolescentes venezuelanas.

A restrição vale para publicações nas redes sociais e para propagandas no rádio e na TV. A multa é de R$ 100 mil por cada eventual descumprimento.

Moraes também notificou as redes sociais a apagarem publicações sobre o caso em contas ligadas ao petista e a seus apoiadores. O presidente do TSE disse que a declaração do presidente foi tirada de contexto.

“Tal contexto evidencia a divulgação de fato sabidamente inverídico e descontextualizado, que não pode ser tolerada por esta Corte, notadamente por se tratar de notícia falsa divulgada durante o 2º turno da eleição presidencial”, escreveu.

Bolsonaro comentou sobre o episódio e a decisão de Moraes ao chegar aos estúdios da TV Band neste domingo (16), quando participa de debate com Lula.

“Uma acusação infame, sórdida, de pedofilia, potencializada pela senhora Gleisi Hoffman, presidente do PT. Tentaram me atingir naquilo que é mais sagrado para mim, a defesa da família e das crianças. Agora, uma decisão do senhor Alexandre de Moraes, simplesmente mandando retirar do ar matérias nesse sentido, dizendo que foi descontextualizada e agressiva, visando apenas tirar proveito eleitoral. Minha indignação e decisão do Alexandre de Moraes colocam um ponto final nessa questão”, afirmou.

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