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Cleitinho Azevedo diz que, se eleito senador, defenderá o fim do ‘orçamento secreto’

Candidato disse que parlamentares usam emendas para atender interesses eleitorais e esquecem das demandas da população

Cleitinho Azevedo foi o primeiro candidato ao Senado entrevistado no Jornal da Itatiaia

O candidato ao Senado pelo PSC, Cleitinho Azevedo, criticou o repasse de emendas de deputados e senadores por meio do ‘orçamento secreto’ e disse ser a favor de acabar com o mecanismo.

Em entrevista à Itatiaia, Cleitinho disse que a oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL) tenta ligar o ‘orçamento secreto’ ao Palácio do Planalto, mas que a responsabilidade sobre a prática é do Congresso Nacional.

“Ele (presidente Bolsonaro) vetou o orçamento secreto, mas o Congresso derrubou. Estão jogando a responsabilidade do orçamento secreto em cima do presidente, mas ele vetou. Se eu tiver a oportunidade de dar mais transparência nos gastos será importante. Se quiser até acabar com isso, pode acabar”, afirmou Cleitinho.

O deputado estadual afirmou que muitos parlamentares passam a se preocupar apenas com a reeleição na hora de destinar emendas e se esquecem das demandas da população. Ele admitiu usar emendas disponíveis, mas disse que faz todas as destinações de forma transparente.

“Desde que me tornei vereador, não defendo interesse próprio ou partidário. Vemos muito isso no Congresso, cada um defendendo seu partido, sua base, vemos isso na questão do orçamento secreto, que é o desespero que os deputados têm em mandar recurso para suas bases, pensando em ser reeleitos, tem que atender prefeito, mas acaba que o povo mesmo fica esquecido. Não sou hipócrita, se eu tiver emenda para indicar eu indico e todas de forma transparente. Tudo que indiquei na minha cidade e fora da minha cidade, está aí, de forma transparente”, disse Cleitinho.

Lula e Bolsonaro

Questionado como seria sua atuação no Senado, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito presidente, Cleitinho disse que fará “oposição ferrenha” caso veja coisas erradas no governo, mas que vai orar pelo melhor pelo país.

“Estou sempre preocupado com as pautas de Minas Gerais. Caso Lula ganhe, eu estarei lá. Eu estou como deputado hoje e eu oro pelo governador Zema e eu oro pelo presidente Bolsonaro. Quero o melhor para o meu país. Caso Lula ganhe e faça o que for bom para o país, tudo bem. Agora, a minha função é de fiscalizar o Executivo e o que tiver de errado lá estarei lá para fiscalizar, então, nesse ponto, caso Lula ganhe, terá oposição ferrenha”, afirmou o candidato.

Cleitinho disse que não atacou o presidente Bolsonaro e disse que um vídeo que circula nas redes sociais com ele criticando Bolsonaro é antigo e está sendo usado de forma descontextualizada.

“Não fiz crítica, fiz questionamentos. Eu não tenho problema nenhum em vocês me questionarem, não vejo isso como crítica. Fiz um questionamento ao presidente porque achei que na questão dos ministérios, achei que poderia gastar menos. Assim como fiz também com o Zema. A narrativa está querendo dizer que esse vídeo é paródia de 10 anos atrás, mas é um vídeo antigo, uma paródia de humor, tanto que o presidente viu, riu e disse que eu era um péssimo cantor, que eu tinha que ser político mesmo”, afirmou Cleitinho.

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