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Lula diz que atentado na Argentina é ameaça à democracia na América do Sul

Ex-presidente prestou solidariedade à vice-presidente Cristina Kirchner pelas redes sociais

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, vítima de um atentado na noite de quinta-feira, 1º, e disse que o "ódio político estimulado por alguns é uma ameaça à democracia” na América do Sul.

“Toda a minha solidariedade à companheira Cristina Kirchner, vítima de um fascista criminoso que não sabe respeitar divergências e a diversidade. A Cristina é uma mulher que merece o respeito de qualquer democrata no mundo. Graças a Deus ela escapou ilesa”, escreveu Lula, no Twitter. “Que o autor sofra todas as consequências legais. Esta violência e ódio político que vêm sendo estimulados por alguns é uma ameaça à democracia na nossa região. Os democratas do mundo não tolerarão qualquer violência nas divergências políticas”, complementou o petista.

A polícia argentina prendeu um homem que tentou atirar nela. O jornal argentino Clarín identificou o responsável pelo ato como um brasileiro de 35 anos de idade. Segundo relatos da militância ao jornal La Nación e em um dos vídeos do momento, a arma chegou a ter o gatilho apertado, mas nenhum tiro foi disparado.

As tensões na Argentina cresceram desde o pedido da Promotoria da Argentina de 12 anos de prisão contra a atual vice-presidente por acusações de corrupção, no dia 23 deste mês. Apoiadores fizeram uma vigília na frente da residência de Kirchner para demonstrar apoio à mandatária.

Kirchner afirma que as acusações contra ela se tratam de perseguição judicial e acusa a promotoria e os juízes de atuarem juntos e ferirem os direitos de defesa.

Outros candidatos

O candidato Ciro Gomes (PDT) prestou solidariedade a Cristina Kirchner e a chamou de “mulher guerreira”. Ele, que se coloca como segunda opção de voto para Lula e Bolsonaro, escreveu: “Para nós, fica a lição de onde pode chegar o radicalismo cego, e como polarizações odientas podem armar braços de loucos radicais ou de radicais loucos. Ainda há tempo de salvar o Brasil de uma grande tragédia gerada pelo ódio.”

A candidata Simone Tebet (MDB) também condenou a violência política e pediu paz nas eleições brasileiras deste ano. “Violência política no Brasil, violência política na Argentina. É preciso dar um basta a tudo isso. As lideranças devem recriminar essas atitudes. Ainda bem que a arma falhou. Que tristeza! Reafirmo minha posição pela paz na política, pela paz nas eleições”, publicou.

Soraya Thronicke (União Brasil) relembrou o episódio em que pediu, durante o debate na Band, que reforçassem sua segurança na campanha. “Não é exagero”, disse, comentando o ataque a Cristina Kirchner.

O candidato Leonardo Pericles (UP) enquadrou o ocorrido como parte de uma “escalada fascista” e convocou os eleitores para se manifestarem no dia 7 de setembro, em oposição aos atos marcados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

A candidata Sofia Manzano (PCB) prestou “total solidariedade” à vice-presidente da Argentina.

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