O candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) esteve, nesta quarta-feira (24), pela terceira vez em Minas Gerais desde o início da campanha eleitoral, iniciada oficialmente há oito dias. Depois de passar por Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), onde discursou para pastores evangélicos, ele se deslocou em uma motociata da Pampulha até a Praça da Liberdade, na região centro-sul da capital, em pleno horário de pico.
Para uma multidão de pessoas vestidas de verde e amarelo, Bolsonaro falou das ações de seu governo mas foi ovacionado mesmo quando centrava as críticas contra seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apoiadores revezavam gritos de guerra de “Lula ladrão seu lugar é na prisão” e “nossa bandeira jamais será vermelha”, que marcaram também a disputa eleitoral de 2018, quando ele foi eleito com 55% dos votos válidos.
“Este é um governo totalmente diferente dos que assaltaram nossa pátria ao longo de décadas. Vocês fizeram a escolha acertada em 2018", disse o candidato à reeleição.
Bolsonaro também mencionou países da América Latina, que elegeram governantes de esquerda nas últimas eleições - caso da Colômbia, Chile e Argentina - mas disse que mesmo que no continente estivesse “se pintando de vermelho”, que “o Brasil continuará sendo verde e amarelo”.
O candidato se referiu à Nicarágua, na América Central, ao dizer que esse é o “país que prende padres e fecha igrejas e é defendido por Lula da Silva lá fora”.
Venezuelano no palanque
“Vou quebrar o protocolo. Quem vai falar aqui agora é uma pessoa que viu seu país afundar no socialismo. O país mais rico em petróleo do mundo, destruído. Temos centenas de milhares de venezuelanos no Brasil e estamos dando abrigo a todos eles, como demos para os cubanos que queriam sair de seu país”, afirmou Bolsonaro.
Em seguida, o presidente passou o microfone para o venezuelano e perguntou o que ele fez para chegar até o Brasil, como estão os parentes na Venezuela e se ele comeu cães em seu país natal.
“Meu nome é Gregório. Eu, como um venezuelano que chegou ao Brasil há quatro anos, saí da Venezuela pela miséria, pela fome, porque temos um presidente que não merece ocupar o cargo. Estou no Brasil porque lá o presidente acabou com as riquezas”, disse o venezuelano no palanque. “Me sinto muito triste, porque muitos parentes ficaram lá, meu filho está lá passando fome. O governo acabou com a Venezuela”, finalizou