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Em uma semana de campanha, candidatos à Presidência declararam arrecadação de R$ 73,6 milhões

Ex-presidente Lula lidera ranking com R$ 66,7 milhões do fundo especial; Bolsonaro declarou ter arrecadado R$ 75,9 mil

Campanha eleitoral começou há uma semana

A campanha eleitoral completa uma semana nesta terça-feira (23) e os candidatos à Presidência da República, somados, já declararam à Justiça Eleitoral terem arrecadado R$ 73,6 milhões até o momento. As despesas contratadas somam R$ 3,4 milhões. A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera, com folga, ambos os rankings.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a campanha de Lula já arrecadou R$ 66,7 milhões - sendo apenas R$ 300 de doadores físicos e o restante do fundo especial (também conhecido como fundo eleitoral), destinado aos partidos políticos conforme o tamanho de suas bancadas. O valor foi repassado pela direção nacional do Partido dos Trabalhadores.

Com relação às despesas, a campanha de Lula declarou gastos de pouco mais de R$ 3 milhões. Na lista de fornecedores do petista estão dois escritórios de advocacia: do ex-ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff, Eugênio Aragão e o advogado de Lula, Cristiano Zanin. Cada uma deve receber R$ 1,2 milhão, de acordo com a prestação de contas. Uma empresa de contabilidade também consta no balanço, com contrato de R$ 600 mil.

Já a campanha de Jair Bolsonaro (PL) declarou receitas de R$ 75,3 mil - todo o recurso oriundo de doações de pessoas físicas. A maior doação é de um empresário do agronegócio Ronaldo Venceslau Rodrigues da Cunha, sócio da Agropecuária Rodrigues da Cunha, com sede em Mirassol D’Oeste, no Mato Grosso. A campanha de Bolsonaro não declarou qualquer despesa até o momento.

Depois de Lula, a segunda campanha que mais arrecadou recursos até o momento é a da candidata do MDB, Simone Tebet, que declarou receitas de R$ 5 milhões - todo o recurso proveniente do fundo partidário.

As despesas da campanha da senadora também são a segunda maior, com R$ 228,5 mil gastos com a produção de bandeiras personalizadas.

A terceira campanha em arrecadação é a do coach Pablo Marçal (Pros), que enfrenta um imbróglio judicial com a direção do próprio partido. De pouco mais de R$ 1 milhão em receitas, R$ 551 mil saíram do bolso do próprio candidato, como mostrou reportagem da Itatiaia. Marçal, assim como Bolsonaro, Léo Péricles (UP), e Vera Lúcia (PSTU) declararam não ter gastado nada na campanha até o momento.

O candidato Luiz Felipe D’Avila (Novo) declarou que sua campanha arrecadou R$ 500 mil até o momento. Os recursos, embora tenham saído da direção nacional do partido, é fruto de doação de diversos empresários, como Abílio Diniz, que doou R$ 105 mil e Eugenio Pacelli Mattar, com R$ 100 mil.

Assim como Tebet, D’Avila prestou contas de despesas da ordem de R$ 228,5 mil - gastos em empresas de comunicação e audiovisual e anúncios no Facebook.

A candidata Vera Lúcia (PSTU) declarou receitas de R$ 300 mil provenientes do fundo especial.

Ciro Gomes (PDT), Eymael (DC), Roberto Jefferson (PTB), Sofia Manzano (PCB) e Soraya Thronicke (União Brasil) não declararam receitas e gastos de campanha até o momento.

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Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.