Os cerca de
Três dias após o primeiro ataque dos extremistas do Hamas contra Israel e o início da contraofensiva, o governo brasileiro começou a negociar a retirada do grupo residente na cidade de Gaza e nas imediações. Em 10 de outubro, o Escritório de Representação em Ramalá, na Palestina, contratou um ônibus para garantir o deslocamento dos brasileiros pela passagem de Rafah, área fronteiriça entre o território e o Egito. Entretanto, entraves diplomáticos provocados pela guerra impediram que estrangeiros trafegassem pela localidade.
Após incontáveis apelos internacionais e negociações a nível mundial, o Egito abriu, pela primeira vez, nessa quinta-feira (2), a passagem de Rafah. Antes, uma lista com os nomes dos estrangeiros autorizados a cruzar a fronteira foi divulgado pelas autoridades egípcias e de Israel. Horas depois, uma segunda lista foi publicada; e, nesta sexta-feira (3), a terceira relação foi liberada. Em nenhuma das três constavam nomes de brasileiros. Diante das circunstâncias e do agravamento da crise humanitária em Gaza, o alto escalão da chancelaria brasileira intensificou as negociações através dos contatos telefônicos entre Mauro Vieira e seus pares no Egito, ministro Sameh Shoukry, e em Israel, ministro Eli Cohen.