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BH e Maceió foram as únicas capitais do Brasil que usaram cédula de papel na eleição para Conselho Tutelar

Em Belo Horizonte, depois de um problema no sistema eletrônico, a PBH optou pela votação em cédulas de papel. A OAB afirmou que vai entrar na justiça pedindo a anulação, que já foi recomendada pela Defensoria Pública do Estado

Urna eletrônica

Belo Horizonte e Maceió foram as únicas capitais do Brasil que não utilizaram urnas eletrônicas no processo eleição para o Conselho Tutelar. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos, a primeira por problemas técnicos e segunda, conforme já estava previsto.

Problemas no sistema

Em BH, depois de um problema no sistema eletrônico de votação, foram utilizadas as cédulas de papel. O processo foi marcado por filas e muita confusão. O pleito na capital mineira foi administrado pela Prodabel (Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte). O município optou por não usar as urnas do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que foram disponibilizadas e usadas pelas maiores cidades do Estado.

Anulação

A prefeitura está investigando se o excesso de movimento teria causado problemas no sistema. A capacidade foi ampliada no final da manhã, mas não foi suficiente para solucionar as falhas em todas as sessões. A Defensoria Pública do Estado recomendou a anulação e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve entrar na justiça. Entre os argumentos está o risco de fraude ou voto duplicado com cédulas de papel.

Edilene Lopes é jornalista, repórter e colunista de política da Itatiaia e podcaster no “Abrindo o Jogo”. Mestre em ciência política pela UFMG e diplomada em jornalismo digital pelo Centro Tecnológico de Monterrey (México). Na Itatiaia desde 2006, já foi apresentadora e registra no currículo grandes coberturas nacionais, internacionais e exclusivas com autoridades, incluindo vários presidentes da República. Premiada, em 2016 foi eleita, pelo Troféu Mulher Imprensa, a melhor repórter de rádio do Brasil.