O governador Romeu Zema (Novo) detalhou nesta quinta-feira (7), durante encontro com empresários em Milão, na Itália, como pretende fazer o processo de privatização de estatais mineiras, como a Cemig e a Copasa.
Segundo Zema, o estado permanecerá como sócio nas empresas, mas não continuará mais como principal controlador.
“Nós temos duas grandes empresas. Minas ficou para trás no quesito privatização, mas temos total interesse em fazer a modernização dessas empresas. O estado vai permanecer como sócio, mas essas empresas serão modernizadas, já que o estado deixa de ter o poder de controle. O que mais desejamos é que essas empresas se modernizem. Infelizmente, essas empresas sempre foram usadas para fazer politicagem”, afirmou Zema.
Zema, no entanto, não detalhou prazos ou metas para concluir as privatizações de Cemig e Copasa. Desde 2019, o projeto para privatizar a Codemig tramita na Assembleia de Minas, mas ainda não chegou a ser votado.
O governador enviou no mês passado um projeto que permite ao estado fazer o processo de privatização de estatais sem precisar passar por um referendo popular, o que aceleraria o projeto das privatizações.
Metrô e Rodoanel
Nesta quinta-feira (7), Zema fez um discurso para empresários italianos e brasileiros em um evento organizado pelo Grupo Lide, do ex-governador de São Paulo, João Doria. O governador foi aplaudido ao defender que o estado no Brasil deve trabalhar para facilitar a vida de empreendedores e estimular projetos junto à iniciativa privada.
O governador citou os projetos do Rodoanel Metropolitano e do Metrô de BH como exemplos bem sucedidos de concessões que estão no caminho certo para tirar antigas demandas da sociedade do papel.
“O metrô de BH, depois de 20 ou 30 anos sem obras, está sendo ampliado agora. Concedemos para uma empresa italiana a construção do Rodoanel. Isso vai permitir que a economia do estado fique mais dinamizada”, afirmou Zema.