O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou efetividade nos repasses de países ricos para os fundos de proteção da floresta amazônica. Em pronunciamento feito neste sábado (6), em Londres, onde Lula acompanhou a coroação de Charles III, Lula afirmou que ações para proteção do meio ambiente precisam se tornar práticas.
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Lula disse que conversou com lideranças britânicas, como o primeiro ministro Rishi Sunak e com o rei Charles III, sobre a necessidade de investimentos para garantir a proteção da Amazônia.
“A primeira coisa que o rei me falou foi para cuidar da Amazônia. Eu falei que preciso de ajuda. Não é só nossa vontade, é preciso de ajuda e de muitos recursos”, disse Lula.
O presidente relembrou a boa relação entre Brasil e Inglaterra e disse que o primeiro-ministro britânico se comprometeu, sem falar em valores, a ajudar no fundo de preservação da Amazônia.
“Ele assumiu a responsabilidade de também contribuir com o Fundo Amazônia. Nós que tínhamos perdido o fundo da Noruega e Alemanha, porque o último presidente não aplicava, estamos aplicando e já recebendo mais um aviso do Biden que vai dar 500 milhões de dólares. A Inglaterra não disse quanto vai dar, mas espero que não seja menos que os EUA”, disse Lula.
Na sexta-feira (5), no entanto, Lula chegou a dizer que o primeiro ministro falou em uma contribuição de cerca de 80 milhões de libras para o Fundo Amazônia.
“O problema é que todos os países ricos, desde a COP 15, que participei em 2009, prometem dinheiro e prometem fundo, mas a verdade é que esse fundo de US$ 100 bilhões nunca aparece. Nós temos que ter em conta que, ao preservarmos a floresta, que é nossa responsabilidade, só do lado brasileiro moram 25 milhões de pessoas e que elas querem ter acesso a bens materiais, querem comer, querem passear. Então, temos que discutir como fazer essa gente sobreviver dignamente”, continuou o presidente brasileiro.
“Acho que se a gente explorar corretamente a riqueza científica da nossa biodiversidade na Amazônia, a gente pode encontrar coisas excepcionais para a indústria de fármacos e cosméticos, podemos criar a Indústria Verde, que possamos além de não poluir, angariar recurso para melhorar a vida do povo que trabalha lá”, finalizou.