O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comparece, nesta terça-feira (28), à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, da Câmara dos Deputados.
Convidado por deputados federais, Dino é acusado de ter se reunido com integrantes de uma facção criminosa durante uma reunião no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Ele também esclarece acusações sobre ações do governo federal após os ataques do dia 8 de janeiro e as ações do ministério.
Dino acusou opositores de criminalizarem as comunidades mais pobres do país ao ser acusado de se reunir com integrantes do Comando Vermelho, como alguns parlamentares divulgaram logo após o encontro.
De acordo com o ministro, chefes da Polícia Civil, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, além da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram avisados da reunião “três ou quatro dias antes”. A reunião aconteceu no dia 13 de março.
"É esdrúxulo imaginar que fui me reunir com o Comando Vermelho e avisei à polícia”, disse aos parlamentares.
Dino disse, ainda, que a reunião constava em sua agenda e que ele próprio divulgou uma imagem do encontro.
“Cometi um erro sobre esse episódio e vou me corrigir da próxima ves: vou convidar deputados federais e estaduais para irem comigo. Quero crer que não é todo mundo que tem medo das comunidades mais pobres do Brasil”, completou.
Acusação falsa
Uma das acusações contra Flávio Dino sobre o episódio da reunião no Complexo da Maré foi feita pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, Jair Bolsonaro.
O parlamentar disse que Dino deveria explicar “o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca”. Segundo Bolsonaro, Dino chegou ao local com apenas dois carros “e sem trocar tiros”.
Os comentários provocaram reação de Dino, que disse que iria processar Eduardo Bolsonaro.
