Beber e dirigir não é uma boa combinação. Por isso, a prática é ilegal em todo o mundo. Para identificar infratores, pesquisadores da Universidade Nacional do Vietnã desenvolveram um sistema de
A ferramenta capta imagens térmicas de rostos humanos para determinar variações em uma escala previamente programada de temperatura. No protótipo, os resultados tiveram taxa de acerto superior a 93%.
Kha Tu Huynh, professora de ciência da computação e coautora do estudo, diz que esforços anteriores se concentravam no movimento dos olhos, na posição da cabeça e em seu estado geral. “Esses indicadores podem ser confundidos com outros fatores. Já a análise de imagens térmicas é mais precisa e muito menos invasiva”, explica.
Testes com o protótipo mostram que as imagens infravermelhas proporcionam uma avaliação menos ambígua dos sintomas de embriaguez. Dessa forma, as autoridades podem rastrear indivíduos bêbados ao volante, bem como em festas e eventos.
Os pesquisadores avaliam que é importante aumentar a precisão desses sistemas para diminuir a ocorrência de falsos negativos e falsos positivos. “Um falso negativo permite que um bêbado dirija perigosamente, enquanto muitos falsos positivos impedem motoristas sóbrios de utilizar seus veículos. Isso diminui os níveis de segurança”, aponta Kha.
Os cientistas querem garantir que o sistema tenha uma margem de erro que favoreça a precaução. “A eficácia total é inatingível, mas otimizar a classificação pode aproximar o sistema do ideal”, encerra ela.
Mais usos da tecnologia
Cientistas do Laboratório de Pesquisa do Movimento Humano (Movi-Lab), da unidade de Bauru (SP) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), utilizaram inteligência artificial para diagnosticar e identificar o estágio de Mal de Parkinson com base no caminhar de voluntários.
O sistema avalia comprimento, velocidade, largura e consistência da largura do passo. “Escolhemos a marcha como parâmetro por acreditar que o andar é um dos fatores mais comprometidos em pacientes com Parkinson e não envolve sintomas fisiológicos”, diz Fabio Augusto Barbieri, coautor do estudo e professor do Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências da Unesp.
Participaram do estudo 63 pacientes do projeto Ativa Parkinson, bem como 63 indivíduos saudáveis — todos com mais de 50 anos. Os dados foram coletados ao longo de sete anos. Um dos algoritmos utilizados alcançou precisão de 84,6% no diagnóstico da doença. “As avaliações clínicas trazem precisão em torno de 80%. Se combinarmos a clínica com a inteligência artificial, será possível reduzir a chance de erro no diagnóstico”, diz Barbieri.
Outro uso de inteligência artificial é um app online que oferece dicas para melhorar selfies. Só que muitos usuários ficaram insatisfeitos com o excesso de sinceridade do sistema. O Clip Interrogator informou uma usuária de que ela parecia “bêbada e cansada”, classificou outro como tendo o “rosto deformado” e disse a um professor que ele parecia um fantoche e tinha uma cara “boa para socar”.
Segundo o criador da ferramenta, o