Aprovado atualmente por 85% dos brasileiros, o
sistema de pagamento instantâneo (Pix) foi lançado em novembro de 2020. Sua concepção, no entanto, foi iniciada muito antes disso: um estudo do Banco Central do Brasil (Bacen), em 2016, apontou os benefícios e o impacto de uma ferramenta de pagamentos rápidos no país.
A inspiração para a pesquisa veio da startup
Zelle, que lançou uma plataforma de transferências rápidas nos EUA em outubro de 2016. Com isso, o desenvolvimento do Pix começou em 2018: a
portaria n° 97.909, de 3 de maio de 2018, estabelece o grupo de trabalho que iniciou os estudos para a criação da ferramenta.
Hoje, a tecnologia está entre os meios de pagamentos mais utilizados do Brasil e já registrou mais de 73 milhões de transações em um único dia. Seu uso é gratuito, mas isso não a torna prejudicial aos bancos: o próprio Bacen afirma que, mesmo com a extinção das tarifas, as instituições
não perdem dinheiro com o Pix.
O Pix diminuiu o volume de dinheiro em papel em circulação, garantiu a criação de mais contas e a movimentação de montantes maiores nos aplicativos de banco — isso permite que as entidades ofereçam mais serviços ao usuário. Atualmente, há 478.353.231 chaves cadastradas no sistema.
O maior desafio enfrentado pela tecnologia é a
segurança. O processo ágil de transferência é cada vez mais utilizado em crimes. Estimativa das instituições financeiras aponta que a quantidade de golpes financeiros em 2022 deve atingir R$ 2,5 bilhões — 70% do montante envolvido é movimentado via Pix.