Promotor do Ministério Público de Goiás, Fernando Cesconetto revelou não ter atletas de futebol entre os presos na investigação de manipulação de resultados em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro. A declaração foi feita durante a deflagração da “Operação Penalidade Máxima II”, nesta terça-feira (18/4).
“Não houve prisão de jogador profissional de futebol. Nenhum dos três alvos de prisão é atleta e vinculado em nenhum dos times aqui citados. Também não (posso divulgar os nomes)”, disse Fernando Cesconetto.
Desde novembro, quando iniciaram as investigações, foram feitas três prisões preventivas - todas no estado de São Paulo. Na casa dos presos, foram encontradas duas armas de fogo, 23 munições e duas granadas, que já foram encaminhadas para a Polícia Civil.
A suspeita é de que o grupo criminoso tenha “concretamente atuado” em pelo menos cinco jogos da elite do futebol nacional. Cinco partidas de campeonatos estaduais de 2023 (dentre eles Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista) também estão na mira das investigações.
A operação de nível nacional começou após o Vila Nova-GO acionar as autoridades ao saber que o jogador Romário estaria envolvido no esquema de manipulação. O MP investiga crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção no esporte. Catorze pessoas já se tornaram réus na Justiça de Goiás.
CBF se manifesta
Por meio de nota, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) defendeu as investigações do Ministério Público. A entidade máxima do futebol nacional é responsável pela organização da Série A.
“A CBF apoia toda e qualquer ação legal que traga transparência e lisura aos campeonatos que organiza e a todo o esporte brasileiro”, pontuou o órgão nesta terça-feira (18).
Em nota, a entidade ainda citou que investe “no rastreamento e monitoramento de partidas” por meio de uma empresa que atua também para a FIFA e Conmebol.
“Isso não acontece somente nas competições que a CBF realiza. A entidade também custeia o mesmo serviço para todas as federações do Brasil. Interferências externas em resultados ou em situações de jogo são uma epidemia global que, para ser solucionada, precisa punir de forma exemplar e urgente, os responsáveis por essa prática nefasta”, completou.
Listamos, a seguir, matérias produzidas pela Itatiaia sobre o caso: