O senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC) afirmou nesta sexta-feira (14), em entrevista para o Itatiaia Agora, que o candidato à presidência do Senado que quiser seu voto terá que fazer o compromisso de desengavetar pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de abertura de CPIs, como a da Lava Toga.
“Já vou avisar para quem quiser ser presidente do Senado que, para mim, quem quiser ser presidente tem que tirar algumas coisas da gaveta,
A chamada CPI da Lava Toga foi proposta em 2019 como forma de investigar denúncias de irregularidades e ativismos judiciais de autoridades do tribunais superiores, como o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vários senadores chegaram a assinar a abertura da comissão, mas ela não foi autorizada pela Mesa Diretora do Senado.
Orçamento secreto
Cleitinho afirmou que defenderá o fim do orçamento secreto e disse que vai apoiar a abertura de uma CPI para apurar denúncias de irregularidades nos gastos do orçamento.
“Vamos fazer uma CPI desse orçamento secreto, porque é como um pai me dar uma mesada e falar assim, eu vou lá e gasto e compro em drogas. Que culpa meu pai tem? O Bolsonaro vetou. Que culpa o presidente tem se alguns dos deputados ou prefeitos gastam de maneira errada. Então vamos fazer uma CPI para saber o rolo que eles estão fazendo com esse orçamento. Vamos saber quem está fazendo rolo com este dinheiro”, afirmou Cleitinho.
Fundo eleitoral
O futuro senador por Minas (Cleitinho Azevedo assume a cadeira em 2023) afirmou que pretende apresentar uma proposta de reforma política, que altera regras para o uso do fundo eleitoral.
“Sobre a reforma política, vou dar um simples exemplo, que é sobre o fundo eleitoral. Na teoria ele é lindo, mas na prática não funciona. Eles falam que é para igualar a situação dos candidatos que estão vindo pela primeira vez disputar eleição, mas acaba que quem tem mandato sempre tem o maior valor do fundo. Então a gente acaba com esse fundo ou divide igualmente. Se um partido tem direito a R$ 5 milhões e 50 candidatos, divide igualmente entre todos”, disse.
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