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Bolsonaro no debate dos presidenciáveis na Rede Globo: veja resumo

Bolsonaro e Lula evitaram confrontos diretos durante o debate, e o atual presidente fez dobradinha com o candidato Padre Kelmon (PTB), sobre temas como pandemia e a cultura

Como esperado, Bolsonaro subiu o tom contra o ex-presidente Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) defendeu ações de seu governo durante a pandemia, destacou a aprovação do pagamento de R$ 600 para o Auxílio-Brasil e a compra de vacinas contra a covid-19 durante o debate da TV Globo na noite desta quinta-feira (30).

O primeiro bloco foi marcado por bate-boca entre ele e o ex-presidente Lula (PT) que chegaram a ter, somados, seis direitos de resposta concedidos pela TV Globo – o que acabou esticando a duração do programa. Os dois se acusaram sobre denúncias de corrupção e disseram que o adversário mentia em suas declarações.

“O ex-presidiário diz que eu decretei sigilo da minha família, que atrasei a compra de vacinas. Para de mentir. Quando se fala em fome eu dei R$ 600 reais de Auxílio-Brasil e você dava pouca coisa para os mais pobres, e os usava como massa de manobra para ganhar voto. Foi condenado por três instâncias por unanimidade, que deixaram de existir porque tinha um amiguinho no STF que disse que você deveria ser julgado em Brasília e não em Curitiba”, afirmou.

Bolsonaro e Lula evitaram confrontos diretos durante o debate, e o atual presidente fez dobradinha com o candidato Padre Kelmon (PTB), sobre temas como pandemia e a cultura.

“Nós fomos o governo que atendeu os mais humildes. No tempo do Lula, o Bolsa-Família era R$ 190 e quem conseguisse emprego perdia o auxílio. No nosso governo, botamos R$ 600 reais a 20 milhões de famílias que recebem Auxílio-Brasil. Eles podem arranjar emprego que não vão perder e vão ganhar R$ 200 a mais. Quando negociamos isso no Congresso, a bancada do PT votou contra, não tem preocupação em manter os mais humildes e querem que eles sofram para dizer que são os salvadores da pátria”, criticou.

Crítica à esquerda

Bolsonaro disse no debate que o que está em jogo nas eleições deste ano é o futuro de uma nação e que “não podemos voltar à fase em que a roubalheira imperava no país”.

“Dezenas de delatores devolveram R$ 6 bilhões para pegar pena menor. Não podemos continuar sendo o país da roubalheira. O governo que nos antecedeu não tinha compromisso com família brasileira e quis impor uma agenda de ideologia de gênero”, afirmou.

Pandemia

Bolsonaro também rebateu questionamentos sobre a condução do país durante a pandemia de covid-19.

“Nós investimos no auxílio emergencial e não fomos a favor do politicamente correto, não obrigamos as pessoas a ficarem em casa. As pessoas que estão passando fome podem se cadastrar e vão receber Auxílio-Brasil de R$ 600”, disse.

Economia

O candidato à reeleição também destacou resultados da política econômica do país, ressaltando a queda nos índices de inflação, no preço dos combustíveis e a retomada da geração de empregos durante embate com o candidato Felipe D’Avila (Novo).

“Apesar da pandemia, fizemos muito e vamos continuar fazendo. Por decreto, diminuímos impostos como o IPI para 4 mil produtos. Junto ao Parlamento, reduzimos impostos estaduais, como o ICMS para a gasolina, etanol, gás de cozinha e abri mão de impostos federais nos combustíveis. Hoje temos a gasolina mais barata do mundo e comida mais barata para a mesa do cidadão”, disse.

Editor de política. Foi repórter no jornal O Tempo e no Portal R7 e atuou no Governo de Minas. Formado em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem MBA em Jornalismo de Dados pelo IDP.