O procurador do Ministério Público André Ubaldino, que conduziu a acusação contra o promotor André de Pinho no julgamento pela morte de Lorenza, comentou a condenação do réu com pena de 22 anos por feminicídio e explicou os próximos passos da Justiça.
Agora, segundo o procurador, André de Pinho deve continuar preso no local onde se encontra até que haja o trânsito em julgado da decisão desta quarta-feira (29). Uma vez concluído, o promotor será transferido para um presídio, mas não deve ficar em cela comum devido a sua atuação no âmbito criminal.
“Ele não vai ser recolhido onde são recolhidos os presos comuns, entre aspas, exatamente porque, tendo atuado na área criminal e atuado na administração da Justiça Criminal, os recolhimento em meio a outros condenados representariam um risco pra sua vida, o que significaria uma pena de morte, o que o Brasil não admite”, explica Ubaldino.
André de Pinho vai perder o cargo de promotor?
Apesar de ter sido condenado a 22 anos pelo homicídio da esposa, André de Pinho não foi exonerado do cargo de promotor público de Minas Gerais. Segundo o procurador André Ubaldino, isso acontece porque, após a condenação, o Ministério Público deve realizar um processo administrativo.
“Agora tem um desdobramento da parte administrativa. Vai haver o envio à Procuradoria Geral de Justiça, para que lá sejam tomadas as providências administrativas. Como ele não perdeu ainda o cargo, obviamente a remuneração que ele recebe há de ser empregada na alimentação dos seus filhos”, explicou.
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Entrevista festa pela repórter Amanda Antunes