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Juro médio do cartão de crédito sobe para 446,6% ao ano, indica Banco Central

Quando se considera a taxa global do cartão de crédito — que engloba tanto o rotativo quanto o parcelado — o índice variou de 88,8% (dado revisado) para 88,1% ao ano.

Para calcular as taxas anuais, o BC projeta para 12 meses os juros mensais aplicados pelas instituições

A taxa média total cobrada pelas instituições financeiras no crédito rotativo do cartão aumentou 6,1 pontos percentuais entre junho e julho, passando de 440,5% (valor ajustado) para 446,6% ao ano, conforme divulgado pelo Banco Central nesta quarta-feira (27).

Já os juros do crédito parcelado recuaram levemente, indo de 182,5% para 181,7% ao ano. Quando se considera a taxa global do cartão de crédito — que engloba tanto o rotativo quanto o parcelado — o índice variou de 88,8% (dado revisado) para 88,1% ao ano.

O Congresso Nacional estabeleceu, por meio de legislação, que os encargos do crédito rotativo e parcelado não poderiam ultrapassar 100% do valor original da dívida. Esse limite passou a valer a partir de janeiro de 2024.

Embora os números apresentados pelo Banco Central possam sugerir que as instituições financeiras estejam desrespeitando a norma, trata-se apenas de uma metodologia estatística.

Para calcular as taxas anuais, o BC projeta para 12 meses os juros mensais aplicados pelas instituições. Contudo, esse percentual nem sempre se concretiza na prática, já que os consumidores geralmente utilizam o crédito rotativo por períodos curtos — dias ou semanas.

O Banco Central não tem intenção de encerrar essa série histórica, que é usada como indicador da tendência de alta ou queda dos juros, além de compor o cálculo da taxa média praticada pelo sistema financeiro em geral.

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