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Bolsa fecha em recorde pelo quarto dia seguido, mas dólar volta a subir

Mercado de ações brasileiro teve uma leve alta de 0,10% impulsionado pelo desempenho da Ambev e da Vale

Bolsa renovou recorde de fechamento com um avanço de 0,1%

O Índice Bovespa (Ibovespa) fechou a quinta-feira (30) com seu quarto recorde consecutivo, com um avanço de 0,1%, aos 148,780,22 pontos. O principal indicador do mercado de ações brasileiros teve o desempenho sustentado pela alta nos papeis da Ambev (ABEV3) e Vale (VALE3), empresas da categoria “pesos-pesados” do mercado nacional.

A Ambev apresentou o resultado financeiro do terceiro trimestres de 2025, revelando um lucro líquido de R$ 4,8 bilhões, um avanço de 36,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Com a divulgação do balanço, a empresa avançou 4,66% na bolsa, cotada a R$ 12,59.

no caso da Vale, a expectativa do mercado é de que a mineradora tenha resultados expressivos no seu balanço ao apresentar um crescimento no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) no terceiro trimestre. As ações da empresa fecharam o dia com um avanço de 0,76% a R$ 63,81.

Como destaque do noticiário local, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou os dados de setembro do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontando para 213 mil postos de trabalho com carteira assinada abertos em setembro. O dado revela uma queda de 15,6% em comparação a setembro do ano passado, mostrando uma desaceleração na geração de emprego.

Na comparação com o mês de agosto,que teve 147,3 mil vagas abertas, o saldo é maior. Nesse caso, houve a criação de 65,6 mil postos de trabalho na comparação mês a mês. Porém, no acumulado do ano, o Caged registrou uma queda de 278,5 mil empregos com carteira assinada.

Os números refletem o impacto da taxa básica de juros no mercado de trabalho. Com a taxa a 15% ao ano, as empresas precisam adaptar suas operações e muitas vezes optam por reduzir a escala do negócio. A taxa chegou a esse patamar em junho de 2025, e a expectativa é que haja um corte somente em janeiro de 2026.

Dólar volta a subir com fortalecimento global

O câmbio voltou a valorizar nesta quinta-feira, em meio a uma alta global. O dólar teve um avanço de 0,39%, a R$ 5,38. A moeda americana ganhou força após a reunião entre o presidente Donald Trump e o líder chinês, Xi Jinping, apaziguar a guerra comercial entre as duas potências.

O encontro resultou em um acordo para estender a trégua nas taxações de exportações, além da China sinalizar uma flexibilização para o controle sobre o comércio de terras raras, um grupo de 17 minerais críticos para a indústria. De acordo com o analista de inteligência de Mercado da StoneX, Leonel Mattos, a redução da tensão diminuiu apostas de uma desaceleração da economia americana.

“O resultado sinalizou uma possível estabilização das relações entre as duas maiores economias após um período prolongado de restrições comerciais e tensões que afetam cadeias globais de suprimentos. Apesar do avanço, investidores mantiveram postura cautelosa diante da ausência de soluções estruturais para questões centrais da disputa econômica entre EUA e China”, afirmou.

O dólar index (DXY), índice que mede a força da moeda americana frente aos principais mercados do mundo, avançou 0,33% aos 99,550 pontos.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.