Mesmo com o mercado de trabalho aquecido, instituições financeiras apontam para uma desaceleração na geração de empregos no fim do ano. O Banco Daycoval projeta taxa de desemprego estável em 5,6%, enquanto o Inter prevê 5,5% e 145 mil novas vagas. Segundo o economista Fernando Sette Jr., o cenário ainda é positivo, mas o crédito caro tem levado empresas a adiar contratações. A estratégia, diz ele, tem sido recorrer a horas extras e terceirização, sobretudo na construção. Ainda assim, setores como serviços e varejo devem continuar abrindo oportunidades.
Extrema supera Poços de Caldas e vira motor econômico do Sul de Minas
O Sul de Minas deixou de ser essencialmente agrícola e passou a atrair grandes empresas, mudando o mapa econômico da região. Extrema despontou como principal destaque, liderando o PIB e o VAF após virar hub logístico e industrial. Já Poços de Caldas perdeu protagonismo, ainda dependente do turismo e das commodities. Pouso Alegre manteve bons resultados, enquanto Varginha perdeu espaço apesar de seguir líder em exportações de café. Especialistas alertam que a reforma tributária pode redefinir os rumos da região nos próximos anos.
Minas ganha espaço na China com exportações de produtos mais tecnológicos
As exportações industriais de Minas Gerais para a China cresceram 29,8% em valor e 48,9% em volume de janeiro a setembro, segundo a Fiemg. O avanço é puxado por produtos com maior valor agregado, como ferroligas, carnes processadas e óxido de lítio. Os itens de média e alta intensidade tecnológica já aumentaram 10% na pauta exportadora mineira. A China segue como principal destino, respondendo por mais de um terço das vendas do Estado. A Fiemg prevê continuidade da alta e prepara nova missão empresarial ao país em novembro.