A Federação da Indústria de Minas Gerais (Fiemg) sediou um debate sobre o futuro da infraestrutura e da logística no Brasil, nesta quarta-feira (12), reunindo especialistas em Belo Horizonte para discutir os
Segundo o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, o país tem uma defasagem em infraestrutura relevante nos seus principais hubs logísticos e precisa ser corrigido com um planejamento de longo prazo. “O objetivo do evento foi discutir justamente qual é o futuro da infraestrutura, para onde ela deve caminhar e como a gente faz para corrigir o ‘gap’ que foi criado nas últimas décadas”, disse no evento promovido pelo jornal Valor Econômico.
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Segundo Roscoe, o país reduziu o investimento em infraestrutura em quase 50%, uma queda drástica na comparação com outros países emergentes. A China, por exemplo, investe mais de 150% do Produto Interno Bruto (PIB) no setor.
“Infraestrutura é qualidade de vida, redução do custo de produção, e faz com que o investimento, na minha percepção, seja anti-inflacionário no longo prazo. Ele ajuda a combater o custo Brasil. A gente sempre olha a infraestrutura e pensa só em estrada, mas temos que
O seminário também discutiu um plano nacional de logística para 2050. Segundo o presidente da Infra S.A, Jorge Bastos, o Brasil precisa de planejamento de infraestrutura. “Essa reunião é super importante para que a gente possa ter subsídios e ter um plano que realmente se perpetue. Que esse plano passe por governo, tenha credibilidade, e ganhe perenidade”, destacou.
Minas Gerais como hub do país
Ligando as quatro regiões do país, o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Bruno, destaca Minas Gerais como o hub logístico do país em razão das maiores malhas rodoviárias e ferroviárias do Brasil. Segundo ele, a agenda da infraestrutura em Minas é uma questão de estado e não política.
“O conjunto de investimentos que o governo do estado tem feito, juntamente com o governo federal e municípios, vão transformar Minas Gerais no epicentro do investimento em infraestrutura no Brasil nos próximos anos. Esse debate é muito oportuno, acho que a gente tem grandes desafios de parceria entre o setor público e o setor produtivo, é um debate muito importante”, disse.