O Federal Reserve (Fed), o
A decisão contraria o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende cortes mais agressivos na taxa. O republicano, inclusive, tentou demitir diretores do Fed ao longo do ano e fez duras críticas ao presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, que deve ser substituído no início de 2026 por um indicado da Casa Branca.
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Apesar das pressões de Trump,
Em comunicado, o Fed ressaltou que os diretores buscam alcançar o máximo emprego e uma inflação de 2% no longo prazo. Porém, as incertezas quanto às perspectivas econômicas permanecem elevadas, justificando o tom cauteloso adotado.
“O Comitê está atento aos riscos para ambos os lados de seu duplo mandato e considera que os riscos de queda no emprego aumentaram nos últimos meses. Em apoio aos seus objetivos e considerando a mudança no equilíbrio de riscos, o Comitê decidiu reduzir a meta para a taxa de juros dos fundos federais em 0,25 ponto percentual, para uma faixa entre 3,5% e 3,75%”, disse.
O Fed também não descartou retornar ao ciclo de alta da taxa de juros, conforme avalia a situação econômica dos EUA, caso surjam riscos que possam impedir de alcançar seus objetivos quanto a inflação e o emprego. “Ao avaliar a postura adequada da política monetária, o Comitê continuará monitorando as implicações das novas informações para as perspectivas econômicas”, destacou o comunicado.
A decisão desta quarta foi impactada por dados econômicos divulgados em atraso, uma vez que as agências de pesquisas foram impactadas pela paralisação do governo, a mais longa da história e que acabou em 12 de novembro, após 43 dias.
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Segundo o economista sênior do Banco Inter, André Valério, esse diferencial nos juros é um dos principais determinantes da taxa de câmbio. “Atualmente, temos um diferencial elevadíssimo. Quanto maior essa diferença, menor pressão de depreciação cambial nós temos. E isso é importante pois um câmbio depreciado tende a gerar repasse inflacionário, aumentando os preços dos bens em reais”, disse.