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FIEMG diz que aumento de ICMS sobre compras internacionais é ‘fundamental’ para indústria nacional

A partir de terça-feira (1⁠º), em Minas Gerais e outros nove estados brasileiros, a alíquota do ICMS irá subir de 17% para 20%, impactando, por exemplo, o preço das “blusinhas” das asiáticas Shein, Shopee e AliExpress

Para a Federação, o aumento é necessário para garantir “condições equilibradas” para o mercado brasileiro

Em nota, divulgada nesta segunda-feira (31), a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) afirmou que considera o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) “fundamental” para promover a “isonomia tributária” e garantir “condições mais equilibradas” para o mercado nacional.

O imposto, que era de 17% em todos os vinte e seis estados brasileiros e no Distrito Federal, irá passar a ser, a partir de terça-feira (1⁠º), de 20% na Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe.

Esse aumento irá afetar plataformas de compras on-line como, por exemplo, as gigantes asiáticas Shein, Shopee e AliExpress.

Para a FIEMG, o crescimento “acelerado” das compras internacionais via plataformas digitais travam uma concorrência “desleal” com a indústria brasileira. “Muitas dessas operações utilizam brechas legais para escapar da tributação adequada, o que resulta em preços artificialmente baixos e prejudica a produção local. A nova alíquota ajuda a conter esse movimento, fortalecendo o combate à ilegalidade e ao descumprimento das normas fiscais”, diz trecho do comunicado.

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De acordo com a Federação, a entrada desregulada desses produtos representa, além de malefícios à economia, riscos “sérios” à saúde e segurança dos consumidores, alegando que grande parte deles não atenderiam exigências regulatórias e sanitárias do Brasil.

A FIEMG continua dizendo que a alíquota de 20% está em “consonância” com a tributação de bens comercializados e produzidos em território nacional e, em alguns casos, representa “carga inferior àquela incidente sobre a produção brasileira”, sendo necessária para garantir que não haja uma “desvantagem” diante das mercadorias importadas.

Ainda segundo a Federação, antes da criação de uma taxa federal sobre compras internacionais de até US$ 50 em sites de e-commerce — conhecida popularmente como imposto “das blusinhas”, anunciada em 2024 pelo governo Lula (PT) —, esse tipo de operação “se beneficiava de um regime tributário favorecido”. A FIEMG estima que se o cenário continuasse o mesmo, mais de um milhão de empregos seriam perdidos e o faturamento do setor produtivo nacional iriam ter uma redução de R$ 99 bilhões.

Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.