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O teste mede quantidades muito pequenas da proteína C-reativa, substância produzida pelo fígado em resposta a inflamações no organismo. A detecção precoce dessas inflamações crônicas, que muitas vezes não apresentam sintomas visíveis, pode ajudar a evitar complicações cardiovasculares graves.
A inflamação desempenha um papel central no desenvolvimento da aterosclerose, condição em que as artérias são estreitadas ou bloqueadas pelo acúmulo de placas, aumentando o risco de infarto e AVC.
Segundo a Associação Americana do Coração (AHA), indivíduos com níveis elevados de hs-CRP podem ter risco cardiovascular significativamente aumentado, mesmo que o colesterol esteja dentro da normalidade.
Estudo reforça valor do hs-CRP
O estudo ‘Jupiter’, publicado no New England Journal of Medicine em 2008, confirmou a importância do exame hs-CRP na avaliação do risco cardíaco. A pesquisa acompanhou mais de 17 mil pessoas com colesterol LDL normal, mas com níveis elevados de hs-CRP. Os resultados mostraram que o uso da estatina rosuvastatina reduziu o risco de infarto em 54% e o de AVC em 48%, quando comparado ao grupo que recebeu placebo.
A conclusão foi que “A inflamação - e não apenas o colesterol - desempenha um papel crítico no risco cardiovascular”.
Como interpretar os níveis de hs-CRP
As diretrizes médicas classificam os níveis de hs-CRP em três faixas de risco:
- Abaixo de 1,0 mg/L: risco cardiovascular baixo
- Entre 1,0 e 3,0 mg/L: risco moderado
- Acima de 3,0 mg/L: risco alto
Mesmo com níveis normais de colesterol LDL, valores superiores a 3,0 mg/L indicam maior chance de inflamação vascular e danos arteriais.
Como reduzir o hs-CRP e proteger o coração
Diversas medidas podem ajudar a diminuir os níveis de hs-CRP e, com isso, reduzir o risco cardíaco:
- Adotar uma dieta anti-inflamatória (rica em frutas, vegetais, grãos integrais e ômega-3)
- Praticar atividade física regularmente (pelo menos 150 minutos por semana)
- Parar de fumar
- Manter o peso saudável
- Considerar o uso de estatinas, se indicado por um médico
Além de reduzirem o colesterol LDL, as estatinas também ajudam a diminuir marcadores inflamatórios como o hs-CRP, efeito comprovado pelo estudo Jupiter.