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Bienal do Livro Rio 2025 termina com recorde de público, vendas e autores

Evento, que se transformou em “book park” e teve área ampliada, divulgou números da edição neste domingo (22)

Mais de 700 mil pessoas visitaram a Bienal do Livro Rio 2025 durante os 11 dias de evento

Foi uma Bienal do Livro de recordes em todos os quesitos possíveis - público, vendas, participação de autores e área ocupada no Riocentro. No ano em que a cidade do Rio de Janeiro é a Capital Mundial do Livro pela Unesco, o evento que fez parte das iniciativas apresentadas para a candidatura atingiu resultados que superaram expectativas.

Os dados foram apresentados à imprensa na tarde deste domingo (22) durante entrevista coletiva. Tatiana Zaccaro, diretora da GL Events Exhibitions, e Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), apresentaram o balanço dos onze dias de Bienal - dez deles abertos ao público em geral e um dia para uma abertura para convidados (“Bienal para você", promovida em parceria com o TikTok). Eles celebraram:

  • 740 mil pessoas visitaram a Bienal no período - crescimento de 23% em relação ao recorde anterior, de 2023
  • 6,8 milhões de livros vendidos - crescimento dos mesmos 23% em relação à Bienal 2023
  • 700 editoras
  • 1.850 autores participantes, nacionais e internacionais, com destaque para a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie
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Book park

O “Book park”, aposta deste ano, foi considerado um grande acerto. As atrações, que misturavam características de parque de diversões com elementos ‘instagramáveis’ e referências a clássicos do universo literário somaram 130 mil visitas durante o evento.

Essas visitas se dividiram entre as seguintes atrações:

  • Biblioteca fantástica
  • Roda-Gigante Leitura nas Alturas Light
  • Escape Bienal Rio Estácio
  • Labirinto de Histórias Paper Excellence
  • Praça Além da Página Shell

Para desfrutar de algumas delas foi preciso pagar ingresso extra, como no caso da Roda-Gigante, o que não impediu que o brinquedo tenha esgotado ingressos.

Roda-gigante literária que será atração da Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2025

“Ver todos os espaços cheios o tempo todo mostrou pra gente que foi uma decisão correta”, explicou Tatiana Zaccaro. “O que aa gente queria era essa fluidez do público, que as pessoas aproveitassem tudo, a permanência das pessoas dentro do evento aumentasse para que realmente fosse um programa para as pessoas virem e ficarem aqui e e participarem de vários conteúdos, além dos stands e da praça de alimentação, foi muito feliz a nossa a nossa readequação arquitetônica da planta do evento”, completou.

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Apesar do recorde de vendas de 9 livros vendidos por visitante, Dante Cid afirmou que esse não é objetivo principal da Bienal. “O mais importante para nós, independente da quantidade de livros que uma pessoa ou outra comprou, é despertar essa paixão pela literatura. É atingir aqueles mais de 50% que a pesquisa [Retratos da Leitura no Brasil] mostra que não são leitores e que sabemos que pode melhorar”, afirmou.

Ao ser questionado sobre a equação preço e quantidade de livros comprados, ele reforçou que os números superlativos de vendas são excelentes, mas nao são o objetivo principal. "É maravilhoso, porque reforça o apoio e toda a participação e adesão das editoras. Tivemos espaço esgotado, áreas vendidas em tempo recorde, o que demonstrou a confiança que as editoras depositaram no evento. Mas, mais importante, a média de vendas por pessoa é bem alta. Se pensarmos em termos de Brasil, nove livros por pessoa, não temos isso no dia a dia”, completou.

Coordenadora de jornalismo digital na Itatiaia. Jornalista formada pela UFMG, com mestrado profissional em comunicação digital e estratégias de comunicação na Sorbonne, em Paris. Anteriormente foi Chefe de Reportagem na Globo em Minas e produtora dos jornais exibidos em rede nacional.