Amigas e amigos do Agro!
Chegou a hora da verdade!
Os estoques do café nos Estados Unidos estão chegando ao final, preços batendo no teto e o risco de faltar o cafezinho dos americanos, um conjunto de problemas que aperta o cinto do presidente Donald Trump, que anunciou na Rede Fox o retorno das importações do café.
Os fornecedores do maior volume de café arábica são o Brasil em primeiro lugar e a Colombia em segundo. Há outros fornecedores da América Central como a Costa Rica, Honduras e Guatemala, cuja produção não sustenta o mercado americano.
O presidente da Cooxupé, Carlos Augusto de Melo, disse na Itatiaia na semana passada que nos meses de agosto, setembro e outubro do ano passado os Estados Unidos compraram 1 milhão e meio de sacas do café mineiro. No mesmo período de 2025, só 100 mil sacas foram embarcadas. Um grande impacto para os cafeicultores, principalmente de Minas Gerais.
Nessa entrevista à Rede Fox de televisão, Trump disse que vai revisar as tarifas, que hoje estão em 40% para o Brasil, mas não disse qual ou quais países serão beneficiados. Entretanto, não tem como o café mineiro e brasileiro ficar de fora porque, nesse período de tarifaço, os Estados Unidos não conseguiram outro fornecedor com capacidade e qualidade para abastecer o mercado local.
Agora mais uma daquelas aberrações que nunca se resolve e trata-se de um problema que ocorre todos os meses do ano que é o embarque do café nos principais portos brasileiros, principalmente o de Santos.
No mês de setembro, 939 mil sacas de café não foram embarcadas por questão de uma logística esgotada dos portos. O prejuízo para os produtores e exportadores foi de R$ 9 milhões com as taxas extras por atrasos nos embarques.
Relembrando que o leite, parceiro direto do café, continua afastando os pequenos produtores do mercado, porque o governo não toma providencias com a importação do leite em pó da Argentina e Uruguai.
Resumindo: a indústria reidrata o leite em pó para você, eu e todos beberem.
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa.