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Mudanças no governo e no BDMG podem gerar saídas do Conselho de Administração do banco

Chegada de ex-secretário e saída de Salim devem causar mudanças colaterais

Outro nome que pode sair é o próprio presidente do Conselho do banco, Cláudio de Oliveira Torres, que sempre teve uma relação conturbada nos bastidores do banco

A chegada do ex-secretário Igor Eto para atuar no Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) e a saída do empresário Salim Mattar do posto de consultor de Desenvolvimento Econômico do governo Zema podem gerar mudanças colaterais no BDMG.

O economista Paulo Uebel, membro do Conselho de Administração do banco, por exemplo, deve deixar a cadeira por uma decisão pessoal. Uebel atuou no Ministério da Economia durante a gestão de Paulo Guedes - sendo parceiro de Salim na pasta. Ele ocupa uma cadeira no conselho do BDMG desde março, atuando também no conselho da Codemge.

Outro nome que pode sair é o próprio presidente do Conselho do banco, Cláudio de Oliveira Torres, que sempre teve uma relação conturbada nos bastidores do banco.

Ex-diretor da estatal paulista Desenvolve SP, Cláudio já teve problemas internos no BDMG e com parte do alto escalão do governo de Minas.

Entre os desentendimento que já aconteceram no banco, a maioria se deu pela participação direta de Cláudio junto a analistas e superintendentes, sem antes passar por diretores.

Lucas Ragazzi é jornalista investigativo com foco em política. É colunista da Rádio Itatiaia. Integrou o Núcleo de Jornalismo Investigativo da TV Globo e tem passagem pelo jornal O Tempo, onde cobriu o Congresso Nacional e comandou a coluna Minas na Esplanada, direto de Brasília. É autor do livro-reportagem “Brumadinho: a engenharia de um crime”.